MEDEIA. DA AFIRMAÇÃO DO HUMANO À NEGAÇÃO DO DIVINO
Resumo
A pesquisa que comunicamos apresenta uma possibilidade de leitura da peça trágica Medeia, escrita pelo poeta Eurípides em 431 a.C., considerando a possibilidade que encontramos de leitura de múltiplas faces da personagem Medeia, marcadas por tensões que culminam na realização da peripécia – conceito extraído da Poética de Aristóteles. A peripécia, por sua vez, é interpretada dialeticamente, de modo a mostrar a originalidade de Eurípides. O prólogo do texto funciona como uma grande didascálica apresentando, portanto, essas faces de Medeia previamente anunciadas. Diante das faces que Medeia assume constituem-se figuras que identificamos como uma tríplice ambiguidade, quais sejam: Medeia transitando entre a passionalidade e a racionalidade, entre mulher bárbara e grega e a maior e mais importante ambiguidade, Medeia entre a figura humana e a figura divina. Sob essa perspectiva propomos que a construção da personagem Medeia é um expediente dialético.
TERMO DE DECLARAÇÃO:
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