A LIBERDADE EM NIETZSCHE
Autoconstrangimento, autoconhecimento e autocriação
Resumo
Este artigo visa a delinear o conceito nietzschiano de liberdade, relevando o motivo fundamental e o princípio normativo da autotranscendência imanente. Os textos de Nietzsche sobre o tema têm caráter assistemático e aporético. Visando à coerência do discurso nietzschiano, os intérpretes tendem a mitigar ou negar o fatalismo ou a liberdade. No entanto, a liberdade e o fatalismo são caracterizados por Nietzsche como faces de uma mesma moeda. O presente artigo pretende dissolver os pseudoparadoxos, mas não simula a eliminação da ambivalência e da tensão aporética, inerentes ao pensamento nietzschiano. Diante das forças cegas e potencialmente destrutivas do fatalismo, o indivíduo é autoconstrangido pela consciência: “deves tornar-te quem tu és”. O imperativo revela-se ao indivíduo como lei de autodefesa e necessidade mais pessoal frente à ameaça existencial. O que se é não é anterior à liberdade, que coincide com o autoconhecimento e a autocriação.
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