A LIBERDADE EM NIETZSCHE

Autoconstrangimento, autoconhecimento e autocriação

  • Francisco Freire SEM AFILIAÇÃO
Palavras-chave: NIETZSCHE, LIBERDADE, FATALISMO, AUTOCONHECIMENTO, AUTOCRIAÇÃO

Resumo

Este artigo visa a delinear o conceito nietzschiano de liberdade, relevando o motivo fundamental e o princípio normativo da autotranscendência imanente. Os textos de Nietzsche sobre o tema têm caráter assistemático e aporético. Visando à coerência do discurso nietzschiano, os intérpretes tendem a mitigar ou negar o fatalismo ou a liberdade. No entanto, a liberdade e o fatalismo são caracterizados por Nietzsche como faces de uma mesma moeda. O presente artigo pretende dissolver os pseudoparadoxos, mas não simula a eliminação da ambivalência e da tensão aporética, inerentes ao pensamento nietzschiano. Diante das forças cegas e potencialmente destrutivas do fatalismo, o indivíduo é autoconstrangido pela consciência: “deves tornar-te quem tu és”. O imperativo revela-se ao indivíduo como lei de autodefesa e necessidade mais pessoal frente à ameaça existencial. O que se é não é anterior à liberdade, que coincide com o autoconhecimento e a autocriação.

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Biografia do Autor

Francisco Freire, SEM AFILIAÇÃO

Doutor em Filosofia pela Universidade de Coimbra. Mestre em Filosofia pelo Ateneo Pontificio Regina Apostolorum – Roma. Licenciado em Filosofia pela Faculdade Batista Brasileira. Bacharel em Teologia pelo Instituto de Ciências Religiosas. E-mail: freirefranz@gmail.com.

Publicado
29-12-2021
Como Citar
Freire, F. (2021). A LIBERDADE EM NIETZSCHE. Sapere Aude, 12(24), 387-402. https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2021v12n24p387-402
Seção
ARTIGOS/ARTICLES: DOSSIÊ/DOSSIER