VARIAÇÕES SOBRE O MESMO TEMA: ELEMENTOS PARA UMA LEITURA DA POÉTICA DE FERNANDO PESSOA ORTÔNIMO À LUZ DE MAURICE BLANCHOT
Resumo
Partindo de considerações que Maurice Blanchot tece acerca do fazer poético, buscamos compreender a obra de Fernando Pes soa "ortônimo" como uma literatu rado vazio, do intervalo, da falta, da ausência - e que encontra no próprio excercício da escrita sua razão de ser. Exemplo da fragmentação que sofre o homem moderno, a poesia de Pessoa pode ser lida, assim, como a busca de um "eu" supostamente coerente que se fragmenta no turbilhão da modernidade, e ainda como uma metáfora pa ra a missão do poeta em busca de sua obra - que, afinal, nunca pode ser atingida, e que encontra nessa mesma impossibilidade sua força criadora.
Downloads
Referências
BLANCHOT, Maurice. !:espace littéraire. Paris: Gallimard, 1955.
BLANCHOT, Maurice. Le livre à venir. Paris: Gallimard, 1959.
BLANCHOT, Maurice. A parte do fogo. Tradução Ana Maria Scherer. Rio
de Janeiro: Rocco, 1997.
BLANCHOT, Maurice. A conversa infinita: a palavra plural. Tradução Auré- lio Guerra Neto. São Paulo: Escuta, 2001.
JAKOBSON, Roman. Os oxímoros dialéticos de Fernando Pessoa. Tradução Haroldo de Campos e Francisco Achcar. In: Lingüística. Poética. Cinema. São Paulo: Perspectiva, 1970. p. 93-118.
The author detains permission for reproduction of unpublished material or with reserved copyright and assumes the responsibility to answer for the reproduction rights.