NO BALANÇO DO MAR:
a dança de Iemanjá como relação do corpo com o sagrado no Candomblé
Resumo
Este artigo tem intenção de mostrar como a dança da orixá Iemanjá, divindade do Candomblé, é uma das formas pelas quais está religião se relaciona com o corpo dos seus fiéis. Não é objetivo deste artigo discorrer sobre os detalhes dos movimentos da dança de Iemanjá, mas utilizando-a como estudo de caso para demonstrar que estes movimentos, assim como dança no geral, são parte de um todo em que se relaciona o corpo com a mitologia, a iconografia e a ritualística do Candomblé. Entretanto, não é possível falar sobre a dança de um orixá sem contextualizar onde, como e porque ela ocorre. Por isso, também falamos neste artigo sobre o xirê, sua lógica e o quanto ele influencia no processo da dança. Para alcançar os objetivos deste artigo, a principal metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica relativa ao tema e a observação indireta do fenômeno em alguns templos da religião. Primeiramente, foi necessário delimitar o que entendemos como candomblé e em qual de suas variações o artigo foca. Foi importante também uma breve exposição de como o candomblé vê o corpo, e então usar elementos da dança de Iemanjá para fazer esta ligação. Assim, percebemos que o Candomblé é uma tradição voltada para o corpo em uma relação com a dança, os mitos e ritos.
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