Mística e secularidade: impossível afinidade?

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Maria Clara Lucchetti Bingemer

Resumo

Na sociedade hoje se pode dizer que a verdadeira religião em seu sentido autêntico e preciso está desaparecendo.  Ou ao menos mudando de configuração. A secularidade ocupa os espaços antes destinados à religião. Neste exato contexto é que, a nosso ver, a mística emerge com redobrada e renovada importância, mas igualmente reconfigurada. Só o místico pode sobreviver na sociedade atual sem se tornar violento ou cínico. Só o místico pode conservar a integridade do seu ser, porque está em comunhão com toda a realidade. O termo "mística" indica uma relação direta com o mistério, como fonte primeira do ser, de todo o existente passado, presente e futuro, sem tempo e sem espaço, perceptível à interioridade, que contém toda a realidade na sua plenitude. Por isso é algo constitutivamente humano e não necessariamente ligado a uma instituição religiosa ou não. Neste texto procuraremos refletir sobre a desinstitucionalização e destradicionalização que marcam as experiências místicas de hoje, as quais se apresentam muitas vezes à margem ou fora de qualquer religião.

 

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Como Citar
BINGEMER, M. C. L. Mística e secularidade: impossível afinidade?. HORIZONTE - Revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religião, v. 12, n. 35, p. 851-885, 29 set. 2014.
Seção
Artigos/Articles: Dossiê/Dossier
Biografia do Autor

Maria Clara Lucchetti Bingemer, PUC-RIO

Bolsista de Produtividade em Pesquisa 1A | Orientador de Mestrado | Orientador de Doutorado
Doutorado em Teologia Sistemática pela Pontifícia Universidade Gregoriana, Brasil(1989)
Pós-Doutorado pelo Katholieke Universität Leuven, Bélgica(2005)
Atuação em Teologia Sistemática
PROFESSORA ASSOCIADA do Departamento de Teologia , Brasil