BELO HORIZONTE, ARQUITETURA E MODERNIDADE
Resumo
Esta escrita não é relato de uma experiência arquitetônica do passado na sua tradução de fato histórico,
proveniente dos antecedentes de um ambiente físico e social. Trata-se de um estudo cuja abordagem
fenomenológica apresenta-se por uma envolvência de historicidade, objetivada pela intenção distinta do retorno
idealista à consciência e da descrição pura de uma época, por excluir tanto o procedimento da análise reflexiva
quanto ao procedimento da explicação científica. A realidade da arquitetura deve ser descrita e não constituída,
pois o mundo é que é dado ao sujeito, porque o sujeito é dado a si mesmo. Para tanto, foi entendido que o limite
temporal da manifestação arquitetônica não se relaciona apenas com a sucessão de fatos da história. Esta
reflexão desenvolveu-se pela observação da arquitetura dos edifícios construídos nas décadas de 1940, 1950 e
1960 em Belo Horizonte, entendendo que como fatos significativos da Arquitetura esses edifícios estão ligados
ao processo de transmissão, aquisição e produção da cultura modernista belo-horizontina.