“Malucos de estrada”: subversão e verdade
Resumo
Tendo como referência o documentário “Malucos de estrada” de Rafael Lage, este texto se propõe a discutir a forma com que a verdade de uma dada sociedade pode se operacionalizar nesta. Contrapondo a concepção do que significaria o termo viver para a sociedade ocidental contemporânea e para a psicanálise, propõe que a vida só tem sentido se referenciada na verdade que serve de solo para a existência, identificada por Freud como sendo a verdade do inconsciente, e que se faria apresentar sempre como furo no saber estabelecido, como subversão deste. Propõe, então, que os personagens desse documentário, por se apresentarem na cena social de uma forma não predicativa, podem nos auxiliar a pensar a verdade, em termos sociais, como algo a-substancial, só passível de se processar por meio da subversão daquilo que se apresenta subsumido à lógica classificatória e hierarquizante de uma dada sociedade.
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