A TRANSFERÊNCIA COMO MEIO DE TRATAMENTO DO OUTRO E RECURSO DE CONTENÇÃO À PASSAGEM AO ATO NA PSICOSE
Resumo
Este artigo se propõe a investigar, com base no estudo de um caso clínico, de que modo a manobra da transferência na psicose nos permite apostar em sua eficácia como meio de tratamento do Outro e recurso de contenção à passagem ao ato nessa estrutura. Orientados pela leitura lacaniana, constatamos que, na psicose, o simbólico não opera na negativação do gozo, o que faz com que este retorne sobre o psicótico de forma maciça na figura de um Outro ameaçador. Consequentemente, a passagem ao ato nessa estrutura se configura como uma tentativa de extrair o excesso de gozo no campo do Outro. Diante dessa observação, a manobra da transferência seguiu como orientação o tratamento do Outro para fazer barreira ao transbordamento da pulsão, ou seja, uma modalidade de trabalho que buscou regular o gozo do Outro mediante estratégias criadas pelo que se mostrou possível na particularidade do caso.
Palavras-chave: Psicose. Transferência. Tratamento do Outro. Passagem ao ato.
Downloads
Copyright (c) 2019 Mynéia Oliveira Campos, Guilherme Massara Rocha

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
A aprovação dos textos implica a cessão imediata e sem ônus dos direitos de publicação em Psicologia em Revista, que terá a exclusividade de publicá-los em primeira mão. O autor continuará, não obstante, a deter os direitos autorais para publicações posteriores. No caso de republicação dos artigos em outros veículos, recomenda-se a menção à primeira publicação em Psicologia em Revista.