FOBIA INFANTIL: DO TRANSTORNO PSIQUIÁTRICO À RESPOSTA SINTOMÁTICA NA PSICANÁLISE
Resumo
Este artigo propõe uma discussão em torno da abordagem psicanalítica do sintoma fóbico em contraposição à forma como a fobia é abordada pela Psiquiatria, mais especificamente no DSM-V, e as implicações dessas abordagens para a clínica com crianças. Mesmo não tendo conduzido a análise de crianças, Freud lança as bases para tal prática, ao reconhecer que as experiências infantis geram angústia, inclusive neuroses. Em Psicanálise, privilegia-se a escuta do sujeito, ainda que em tenra idade, algo ilustrado com destreza pelo caso do Pequeno Hans. Por outro lado, a noção psiquiátrica de transtorno barra a participação do sujeito na elaboração daquilo que lhe é mais singular, seu sofrimento. Dessa forma, a discussão aqui proposta busca pensar as consequências, para a clínica com crianças, de se tratar a fobia como um transtorno do qual o sujeito precisa se ver livre, recusando o valor de verdade do sintoma.
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Copyright (c) 2019 Diana Lídia Silva, Wilson Camilo Chaves, Roberto Calazans

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