QUAL O LUGAR EPISTEMOLÓGICO DA PSICANÁLISE?
Resumo
Analisamos uma posição epistemológica autoatribuída por alguns
psicanalistas e a nomeamos como “Teoria da Singularidade Epistemológica
Absoluta da Psicanálise” (TSEAP). Ela consiste na ideia de que a psicanálise
não é espécie de nenhum gênero; não é ciência, não é filosofia, não é arte,
etc. Examinamos diferentes justificações para a TSEAP: 1) a descoberta de
um objeto inédito na história do saber: o inconsciente; 2) a invenção de
um novo método: a associação livre; 3) a invenção de um novo método
de produção de conhecimento: a metapsicologia. À luz da perspectiva dos
estudos freudianos críticos, realizamos um exame crítico dessas justificativas
e concluímos que nenhuma das justificativas se sustenta. Por fim, propomos
uma formulação diferente: a psicanálise não deve ser concebida como
uma espécie sem gênero, mas sim como uma espécie que pertence a vários
gêneros diferentes.
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Copyright (c) 2020 Flávio Fernandes Fontes, André Luis Leite de Figueirêdo Sales

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