AS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O AUTISMO NO BRASIL, SOB A ÓTICA DA PSICANÁLISE

  • Paula Ramos Pimenta
Palavras-chave: Autismo. Políticas públicas brasileiras. Psicanálise.

Resumo

O artigo se propõe a assinalar a transposição para o âmbito das políticas públicas brasileiras da tensão epistêmica existente entre as propostas reeducativas e psicodinâmicas para o tratamento do autismo, identificando a psicanálise nesta última categoria e a terapia cognitivo-comportamental entre as primeiras. Para tanto, apresenta brevemente algumas normas brasileiras que regem a inclusão, nas políticas públicas, das pessoas com autismo. Localiza o foco de seu conteúdo nos dois documentos orientadores para o tratamento do autismo no Sistema Único de Saúde (SUS), lançados pelo Ministério da Saúde em 2013, o que possibilita explicitar a ótica da psicanálise em relação às políticas propostas. O deslocamento da tensão epistêmica para o contexto político, com a decorrente alegação legal de impedimento da psicanálise para atender as pessoas com autismo, é elucidado por alguns fatos históricos recentes, ocorridos tanto na França quanto no Brasil. A metodologia usada é a revisão bibliográfica.

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Biografia do Autor

Paula Ramos Pimenta

Doutora em Psicologia, pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com pesquisa voltada para o tema do autismo, professora da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais e do curso de Pós-graduação Lato Sensu Abordagem Psicanalítica do Autismo e suas Conexões do IEC-PUC Minas, membro-fundador do Movimento Psicanálise, Autismo e Saúde Pública (MPASP), atual coordenadora do Observatório de Políticas do Autismo da Federação Americana de Psicanálise de Orientação Lacaniana (FAPOL), psicóloga e psicanalista.

Publicado
29-09-2020
Seção
Dossiê Autismo e Psicanálise