SOBRE O NÃO DITO DO FEMININO E DA MATERNIDADE
Resumo
Este artigo é um recorte de uma pesquisa que, pela perspectiva psicanalítica,
escutou mulheres considerando o dito e o silenciado sobre suas
maternidades. Contatadas mediante rede social e profissional, as mulheres mães foram entrevistadas, considerando-se a ética e os conceitos da
psicanálise: inconsciente, livre associação, transferência. Entre os resultados,
encontrou-se o fenômeno do vício de fala, no qual as palavras e expressões
que são utilizadas repetidamente na fala atravessam o discurso, preenchendo
ausências, obturando descontinuidades, buscando o significado perdido.
Utilizamos a expressão “não dito” para caracterizar essas expressões que
contrariam os ideais sociais, e, ou, o que é esperado dessas mulheres, por
elas e também pelos outros, para suas maternidades. Na trama do não dito,
encontram-se os afetos que se expressam advindos de diferentes instâncias
psíquicas na construção de cada mulher com o feminino e a maternidade.
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Copyright (c) 2020 Juçara Clemens, Mériti de Souza

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