Dar e receber esmolas e processo de subjetivação
Resumo
Esta pesquisa, realizada na área de Psicologia Social, visou explorar como a prática de dar e receber esmolas, no contexto das relações entre doadores e a população carente adolescente de Poços de Caldas – MG, constitui dimensão no processo de subjetivação, que vem a ser uma forma do sujeito – principalmente do sujeito adolescente – se posicionar diante de si e da realidade social. Para tratamento dos discursos elaborados pelos sujeitos nas entrevistas, utilizou-se a análise das práticas discursivas, proposta por Mary Jane Spink. Dos resultados nota-se que os doadores constroem uma argumentação a partir da impressão que têm daquele que pede, elaborada na relação estabelecida entre pedinte e doador; já os adolescentes mostram uma tendência de se servirem da esmola como meio mais fácil para obtenção das benesses que a geração de renda por meio de atividades comumente aceitas pela sociedade não permite.
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