O sujeito e o destino
Resumo
Qual o lugar da noção de destino, em nossos dias? Recusa obstinada do acaso e do acidental, o destino sempre trouxe à tona a questão da liberdade e da responsabilidade. Concebido como causa exterior e determinante de nossa trajetória de vida, tal noção passou por múltiplas mutações. Ela representou a fúria dos deuses, depois foi figura da paixão, hereditariedade, até que Freud, inscrevendo-a no psiquismo, aí descobre a trama obscura do inconsciente, o ressurgimento de traços mnémicos, o movimento irresistível das pulsões, até se chegar às palavras de nossos ancestrais. Isso não impede que outros a busquem no lado do determinismo genético, reencontrando o destino escondido em nossas células. Podemos entrever aqui os eternos embates do sujeito com a culpabilidade e, além desta, com o fato inelutável de sua morte, o que faz com que o destino e o trágico estejam sempre ligados.
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