Ser livre para consumir ou consumir para ser livre?
Resumo
Neste artigo, discutimos os sentidos que a liberdade adquire na cultura contemporânea do consumo, em que se oportuniza a vivência de escolhas renovadas frente à multiplicidade de objetos, bens e experiências. Discutimos que na articulação entre liberdade e consumo devemos ficar atentos aos modos como os indivíduos se apropriam das interpelações do mercado para exercerem suas escolhas de estilos de vida. O trabalho analisa as narrativas de jovens cariocas, em grupos de discussão, em que a questão do consumo aparece como central à construção de suas subjetividades. Examinando essas narrativas, argumentamos que ainda que as insígnias oferecidas pelos diferentes estilos de vida sejam essenciais na determinação das escolhas juvenis, os jovens apontam as armadilhas a que levam o consumo ilimitado e as inúmeras opções de escolha. O mundo de pura aparência e da experimentação constante promovido pelo consumo conduziria à submissão do sujeito perante as exigências externas.
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