Dizer o sofrimento: fenomenologia, cognitivismo, pragmática
Resumo
Resumo
As experiências existenciais comportam um aspecto subjetivo e não podem receber uma expressão que as tornam integralmente comunicáveis. Mas isso não implica a aceitação do solipsismo a que condenam as filosofias da consciência, como a fenomenologia husserliana ou sartreana. E se o cognitivismo mostra que, na experiência subjetiva, há um suplemento não objetivável, a hermenêutica indica como é possível, pela linguagem narrativa, conceber certa comunicabilidade, embora semanticamente limitada, dos estados subjetivos. A Psicologia cognitiva, de outra maneira, com base na teoria das categorias e da ideia de aprendizagem, aponta para um universal parcial, tornando possível certa comunicação das emoções. No entanto, é somente na ação comum, na pragmática, que as hipóteses interpretativas podem superar sua indeterminação e ser eventualmente confirmadas.
Palavras-chave: subjetividade; comunicação; fenomenologia; Psicologia cognitiva; hermenêutica; pragmática.
Abstract
Existential experiences involve a subjective aspect and cannot accommodate an expression that makes them integrally communicable. But this does not mean the acceptance of the solipsism implied by philosophies of consciousness, such as Husserl’s and Sartre’s phenomenology. If cognitivism indicates that, in subjective experience, there is a supplement that cannot be rendered objective, hermeneutics shows how it is possible, through narrative language, to conceive some communicability, although semantically limited, of subjective states. On the other hand, with basis on the theory of categories and the idea of learning, cognitive psychology points out a partial universal, making possible some communication of emotions. However, it is only in commonaction, in pragmatics, that interpretive hypotheses can overcome their indetermination and be eventually confirmed.
Key-words: subjectivity; communication; phenomenology; cognitive Psychology; hermeneutics; pragmatics.
Resumen
Las experiencias existenciales comportan un aspecto subjetivo y no pueden tomar una expresión que las haga totalmente comunicables. Pero esto no implica la aceptación del solipsismo a que filosofías de la conciencia, como la fenomenología husserliana o artreana las condenan. Ahora, si el cognitivismo muestra que en la experiência subjetiva existe un componente no objetivable, la hermenêutica indica como es posible, a través del lenguaje narrativo, concebir uma cierta comunicabilidad, todavia que semanticamente limitada, de los estados subjetivos. La psicología cognitiva, de outra forma, a partir de la teoria de las categorías y de la idea de aprendizado, apunta para un universal parcial, haciendo posible cierta comunicación de las emociónes. Sin embargo, es sólo en la acción comun, em la pragmática, que las hipótesis interpretativas pueden superar su indeterminación y ser eventualmente confirmadas.
Palabras-clave: subjetividad; comunicación, fenomenología, psicología cognitiva, hermenéutica, pragmática.
Texto recebido em julho de 2010 e aprovado para publicação em novembro de 2010.
Downloads
A aprovação dos textos implica a cessão imediata e sem ônus dos direitos de publicação em Psicologia em Revista, que terá a exclusividade de publicá-los em primeira mão. O autor continuará, não obstante, a deter os direitos autorais para publicações posteriores. No caso de republicação dos artigos em outros veículos, recomenda-se a menção à primeira publicação em Psicologia em Revista.