Jorge de Sena e o Minotauro: ao desterro, sempre!

Palavras-chave: Paisagem, Poesia, Jorge de Sena, Testemunho, Peregrinatio ad loca infecta.

Resumo

Jorge de Sena foi, sobretudo, poeta, que, “nascido em Portugal, de pais portugueses,/e pai de brasileiros no Brasil [...]”, terá sido “[...] talvez norte-americano quando lá estiver”, testemunham versos seus. Este artigo pretende analisar o poema “Em Creta, com o Minotauro”, publicado em Peregrinatio ad loca infecta (1969). Para tanto, o artigo divide-se em três momentos distintos, mas conectados: apresentação breve da obra na qual o poema está inserido, a partir do aspecto que lhe dá coerência interna: o tópico do desterro e da peregrinação; análise do poema a partir do sintagma “dedo sujo” e a sua relação com a experiência de desterro; conclusão.

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Biografia do Autor

Alessandro Barnabé Ferreira Santos, Universidade de São Paulo
Mestrando em Literatura Portuguesa pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP).

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Publicado
23-10-2017
Como Citar
Santos, A. B. F. (2017). Jorge de Sena e o Minotauro: ao desterro, sempre!. Scripta, 21(42), 56-76. https://doi.org/10.5752/P.2358-3428.2017v21n42p56
Seção
VOLUME 21 / NUMERO 42 - 2017 - Exílios e diásporas na literatura