5 • Conjuntura Internacional • Belo Horizonte, ISSN 1809-6182, v.19 n.2, p.5 - 11, out. 2022
Mudança na Dinâmica do Regime
Internacional de Mudança Climática
Pós-Kyoto
Change in the Dynamics of the Post-Kyoto International Climate Change Regime
Cambio en la dinámica del Régimen Internacional de Cambio Climático posterior Kyoto
Soa Ladeira Teixeira de Salles1
Mariana Balau Silveira2
DOI: 10.5752/P.1809-6182.2022v19n3p5-11
Recebido em: 27 de maio de 2022
Aprovado em: 21 de setembro de 2022
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo analisar as diferenças entre dois documentos
centrais para a governança ambiental global: o Protocolo de Kyoto, que esteve em vigor
durante boa parte dos anos 2000, e o Acordo de Paris, aprovado em 2015. A ideia é
compreender em quais aspectos a transição de um tratado para o outro levou à alteração
na dinâmica do Regime Internacional de Mudança do Clima (RIMC).
Palavras-chave: Choque de Instituições. Mudanças Climáticas. Regimes Internacionais.
Protocolo de Kyoto. Acordo de Paris.
ABSTRACT
e present work aims to analyze the dierences between two central documents for global
environmental governance: the Kyoto Protocol, which was in force during most of the
2000s, and the Paris Agreement, approved in 2015. e idea is to understand which
aspects of the transition from one treaty to the other led to a change in the dynamics of the
International Climate Change Regime.
Keywords: Clash of Institutions. Climate Change. International Regimes. Kyoto Protocol.
Paris Agreement.
RESUMEN
El presente trabajo tiene como objetivo analizar las diferencias entre dos documentos
centrales para la gobernanza ambiental global: el Protocolo de Kyoto, que estuvo vigente
durante la mayor parte de la década de 2000, y el Acuerdo de París, aprobado en 2015.
La idea es comprender en qué aspectos la transición de un tratado a otro llevó a un cambio
en la dinámica del Régimen Internacional de Cambio Climático.
Palabras clave: Choque Institucional. Cambios climáticos. Regímenes Internacionales.
Protocolo de Kyoto. Acuerdo de París.
1 Graduanda em Relações Internacionais pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG). E-mail: soa-
salles2008@gmail.com.
2 Professora Doutora em Relações Internacionais pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG). E-mail:
marianabalau@gmail.com.
Artigo
5 • Conjuntura Internacional • Belo Horizonte,
ISSN 1809-6182, v.19 n.3, p.5 - 11, out. 2022
6 • Conjuntura Internacional • Belo Horizonte, ISSN 1809-6182, v.19 n.2, p.5 - 11, out. 2022
1 Introdução
Durante a Conferência das Nações Unidas
sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento,
em 1992, discutiu-se a necessidade de diálogo
entre os Estados sobre questões climáticas em es-
cala global. A chamada Convenção-Quadro das
Nações Unidas sobre Mudança Climática (UN-
FCCC) nasceu como uma consequência direta
desta preocupação e se estabeleceu como uma
arena de diálogo entre as suas partes signatárias,
a partir de encontros anuais denominados Con-
ferências das Partes (COPs). Com o decorrer dos
anos, duas ganharam destaque e virtude de seus
resultados: as conferências do Japão (1997) e da
França (2015). Estas tiveram como consequên-
cia a formulação de dois tratados relevantes, o
Protocolo de Kyoto e o Acordo de Paris.
Mesmo ambos os tratados buscando a solu-
ção para a problemática ambiental do planeta e
sendo formas de institucionalização das questões
climáticas no sistema internacional, o Protocolo
de Kyoto e o Acordo de Paris se estruturaram
de maneiras distintas: um dos propósitos deste
trabalho é, desse modo, ampliar a compreensão
acerca dessas diferenças. O primeiro tratado es-
tabelecia metas juridicamente vinculativas ape-
nas para as nações desenvolvidas, com base no
Princípio das Responsabilidades Comuns, po-
rém Diferenciadas, enquanto o Acordo de Paris
propõe que os Estados-membros, independen-
temente se desenvolvidos ou em desenvolvi-
mento, deveriam assumir voluntariamente suas
metas em relação às emissões de gases poluentes,
através das chamadas Contribuições Nacional-
mente Determinadas (NDCs).
Nesse sentido, a variação entre estes dois
documentos fomenta a dúvida acerca da mu-
dança na dinâmica do Regime Internacional de
Mudança Climática após o Protocolo de Kyoto.
Desta forma, o estudo investiga a diver-
gência entre ambos os tratados, o Protocolo e
o Acordo, dentro da instituição internacional
regida por eles, o Regime Internacional de Mu-
dança Climática. Entretanto, por meio desta
perceptível mudança entre os níveis de cobran-
ças impostas sobre estes países membros, tam-
bém podemos visualizar uma mudança sobre a
dinâmica do regime.
O argumento central do presente artigo
é de que as mudanças que o Acordo de Paris
trouxe para a governança do clima, em relação
à Kyoto, advieram do antagonismo entre as
instituições envolvidas, o regime de mudança
climática vigente e a soberania dos Estados de-
senvolvidos. Este “choque de instituições” teria
sido o responsável pelas alterações na dinâmica
entre os tratados, mudando o nível de enforce-
ment na imposição das medidas e metas sobre
os signatários.
Desta forma, o principal objetivo desta
pesquisa foi de analisar a mudança dos termos
do Protocolo de Kyoto para o Acordo de Paris
para compreender uma alteração na dinâmica
neste regime e explicar como esses processos
são relacionados à criação da Agenda 2030 e
dos ODS, em especíco, o de número 13.
2 O Contraste entre o Protocolo
de Kyoto e o Acordo de Paris
A discussão acerca das mudanças do cli-
ma entre os Estados no sistema internacional
foi desenhada principalmente pela Conferên-
cia das Nações Unidas sobre o Meio Ambien-
te e o Desenvolvimento, em 1992, ou Rio-92.
O evento marcou uma nova fase nos debates
sobre meio ambiente no mundo e reforçou a
necessidade de diálogos focalizados entre os Es-
tados sobre questões climáticas, em uma esca-
7 • Conjuntura Internacional • Belo Horizonte, ISSN 1809-6182, v.19 n.2, p.5 - 11, out. 2022
la global. Ao proporcionar um ambiente para
discussões deste tema, instaurou-se o Regime
Internacional de Mudança Climática (GID-
DENS, 2011; KEOHANE; VICTOR, 2010).
Através do Artigo 2º da Convenção-Qua-
dro das Nações Unidas sobre Mudanças Climá-
ticas (UNFCCC, 1992), o objetivo estabeleci-
do para o Regime Internacional de Mudança
Climática é xado na busca pela mitigação da
emissão dos Gases Efeito Estufa (GEEs). O
mesmo não estaria limitado a somente este pri-
meiro instrumento regulatório da instituição,
mas sim a qualquer outro relatório/convenção/
tratado que as COPs pudessem adotar poste-
riormente, como no caso aqui estudado, o Pro-
tocolo de Kyoto e o Acordo de Paris (MAGUI-
RE, 2013; UNFCCC, 1992).
O Protocolo de Kyoto, por ser o primei-
ro documento a operacionalizar as obrigações
de mitigação idealizadas pelo RIMC, foi um
marco na tentativa de atenuação da mudança
do clima. O Protocolo foi desenvolvido em de-
zembro de 1997 e entrou em vigor somente em
fevereiro de 2005, após a raticação da Rússia
em novembro de 2004, buscando a estabiliza-
ção das concentrações atmosféricas de GEE. O
objetivo principal do Protocolo de Kyoto foi
estabelecido em seu terceiro artigo, que dene
que deveria haver um compromisso de estabi-
lização e de redução de emissão dos GEE por
parte dos países do Anexo I, ou seja, os países
industrializados. O compromisso buscava a re-
dução na emissão desses gases, com base nos
níveis de 1990 (ANDRADE; COSTA, 2008;
UNFCCC, 1997).
O grande intervalo entre a elaboração
deste tratado e sua entrada em vigor suscitou
questões quanto à adesão das partes para a im-
plementação das metas estabelecidas, tendo
em vista a demora do processo de raticação
dos Estados. Com passar dos anos, enquanto
as emissões de GEE continuaram aumentan-
do em quantidades alarmantes, iniciaram-se as
tentativas de formulação de um novo tratado,
sucessor ao Protocolo de Kyoto. Em dezembro
de 2015, 196 partes presentes na COP21, res-
paldaram o Acordo de Paris. Com o objetivo
de substituir o Protocolo de Kyoto após o ano
de 2020, o Acordo também é visto como um
marco para a ação global, em busca do controle
da mudança climática induzida pelo homem
(MOOSMANN et al, 2019; POPOVSKI,
2019).
Mesmo com objetivos similares, de mi-
tigação das mudanças climáticas, o Protocolo
de Kyoto e o Acordo de Paris se diferenciam
quanto às questões no nível das cobranças
entre os Estados-membros destes acordos,
se estruturando de maneiras distintas, com
abordagens, respectivamente, top-down e bot-
tom-up. Enquanto o primeiro assume o prin-
cípio “das Responsabilidades Comuns, porém
Diferenciadas” e estabelecia metas juridica-
mente vinculativas apenas para os Estados
desenvolvidos, o Acordo de Paris propunha
que os Estados-membros, independentemen-
te se desenvolvidos ou em desenvolvimento,
deveriam assumir voluntariamente suas me-
tas em relação às emissões de gases poluentes
(FRASER, 2019; POPOVSKI, 2019; UN-
FCCC, 2015).
As divergências entre o Protocolo de Kyo-
to e o Acordo de Paris se tornam mais claras
quando analisadas a estrutura dos mesmos. As
modicações percebidas na estruturação dos
documentos e na forma de aplicação e imple-
mentação de seus mecanismos (explicitadas na
FIGURA 1) retratam a transformação no fun-
cionamento e dinâmica do Regime Internacio-
nal de Mudança do Clima:
8 • Conjuntura Internacional • Belo Horizonte, ISSN 1809-6182, v.19 n.2, p.5 - 11, out. 2022
A soberania dos Estados-membros do regi-
me foi levada em conta desde sua fundação. No
preâmbulo da UNFCCC (1992), os Estados tive-
ram seu direito soberano de explorar seus recursos
próprios de acordo com suas políticas ambientais
internas reconhecido, não podendo causar danos
ao meio ambiente de demais Estados ou em áreas
fora de seu limite fronteiriço. Tanto a UNFCCC,
quanto os documentos do Protocolo de Kyoto
(1997) e o Acordo de Paris (2015) não impõem
sanções econômicas ou intervenções diretas aos
Estados em relação às emissões dos GEE, sendo,
portanto, somente instrumentos legais que bus-
cam conter este aumento dentro dos bens co-
muns globais. No entanto, verica-se a tendência
limitadora no poder soberano dos Estados, por
meio da imposição de restrições ao nível de emis-
sões permitidas, elemento mais forte e presente
ao longo do Protocolo de Kyoto. A ausência de
demarcações e mecanismos de implementação
sugere às partes apenas um caráter restritivo do
documento, que inuencia em atividades de
cunho econômico, como a restrição de ativida-
des industriais no território nacional (UNFCCC,
1992; UNFCCC, 1997; UNFCCC, 2015).
Logo, podemos entender como o prin-
cípio da soberania, elemento crucial para o
entendimento das relações dentro do sistema
internacional e seu ordenamento jurídico, en-
tra em conito com as tendências do Regime
Internacional de Mudança Climática e limita
sua dinâmica, até então, top-down. À medida
que retomamos a dinâmica proposta pela UN-
FCCC (1992), notamos uma multiplicidade
institucional. Pode-se inferir um “choque” en-
tre as instituições aqui estudadas, do Regime
Internacional de Mudança Climática e a so-
berania dos Estados-membros. A não hibri-
dez entre este sistema de instituições acaba as
tornando conitivas. Conforme proposto por
Alexander ompson (2010) “as implicações
competitivas da variação nos custos de con-
formidade [nas rodadas de negociações pós-
-Kyoto] levaram certos estados a negociar mais
Fonte: Elaborado pelas autoras a partir de UNFCCC, 1997; 2015
9 • Conjuntura Internacional • Belo Horizonte, ISSN 1809-6182, v.19 n.2, p.5 - 11, out. 2022
duramente e a empurrar o regime em uma di-
reção que era ao mesmo tempo mais supercial
e mais favorável para eles” (p.284) (BUZAN,
2004; GOODFELLOW; LINDERMANN,
2013; THOMPSON, 2010).
A nítida variação da abordagem dos do-
cumentos, de top-down para bottom-up nos
permite deduzir que, independentemente da
capacidade e licença para implementar suas
próprias regras e impor processos em relação a
determinadas áreas de conhecimento e questões
circunstanciais, os Estados nacionais tendem a
aderir e optar por tratados que lhes oferecem
maior liberdade e poder quanto às decisões
acerca das medidas estabelecidas.
Soberania é uma característica denidora dos
Estados. Em uma analogia proposta por Buzan
(2004), da dinâmica do xadrez no sistema inter-
nacional, comparando as peças e jogadores com
os Estados e as regras do jogo como a estrutura
do sistema, a soberania seria como as peças e joga-
dores do xadrez. Entretanto, nota-se neste estudo,
com o surgimento de novas formas de instituições
no sistema internacional, como o caso do RIMC,
demandam uma base normativa mais inclusiva,
exível e cosmopolita. A soberania pode permane-
cer constante como uma instituição constitutiva
fundamental, contudo, a prática no sistema inter-
nacional está em constante mudança, fazendo-se
necessária uma revisão deste conceito. A percep-
ção rígida do sistema nos mostrou como a inexi-
bilidade é incompatível com a forma de se tratar
problemas urgentes como a ameaça climática.
3 Considerações Finais
O Regime Internacional de Mudança Cli-
mática, estabelecido por meio da implementação
da UNFCCC em 1992, tem sido uma institui-
ção fundamental para promover este diálogo e
mitigação da mudança do clima. A partir da aná-
lise aqui realizada, a conclusão aponta para a va-
lidação da percepção de que este choque de insti-
tuições, entre a soberania dos Estados-membros
e o próprio Regime Internacional de Mudança
Climática, tenha sido responsável pela alteração
na dinâmica entre os tratados, percebendo a mu-
dança na forma de imposição das medidas e me-
tas sobre os signatários, passando de uma abor-
dagem top-down para bottom-up. A percepção de
choque de instituições nos permite conceber a
ideia de que a incompatibilidade entre estas duas
formas institucionais foi um dos principais ele-
mentos que levou a mudança de 1997 para 2015.
De um lado possuímos o regime climáti-
co que visa estabelecer mecanismos cooperati-
vos entre os Estados que, impulsionados pela
problemática das consequências da emissão
dos GEE, convergem em expectativa e conhe-
cimento acerca de um objetivo especíco de
alcance global. A instituição da soberania, con-
tudo é constitutiva para garantir uma ordem
territorialmente circunscrita e na relação entre
os Estados, moldando seu comportamento. O
regime, mesmo que não possua qualquer po-
der sobre a imposição de sanções econômicas
ou intervenções, busca delimitar os níveis de
emissões. Este forte caráter limitador se tornou
claro no documento do Protocolo de Kyoto.
A percepção de “choque de instituições
permitiu compreender a incompatibilidade en-
tre estas duas formas de instituições, sendo cau-
sadora da mudança realizada em 2015. O Acor-
do de Paris (2015), permitiu que os Estados
assumissem a responsabilidade na determinar
suas metas e ampliou o número de atores res-
ponsáveis pela redução do aumento da tempe-
ratura média global. Cabe, por m, a indagação
acerca da efetividade dessa nova estrutura, mais
permissiva” e não juridicamente vinculativa.
10 • Conjuntura Internacional • Belo Horizonte, ISSN 1809-6182, v.19 n.2, p.5 - 11, out. 2022
REFERÊNCIAS
ALDERSON, K; HURREL, A. Bull’s conception of interna-
tional society. Londres: Palgrave Macmillan, 2000.
BARROS-PLATIAU, Ana Flávia; VARELLA, Marcelo Dias;
SCHEICHER, Rafael T. Meio ambiente e relações interna-
cionais: perspectivas teóricas, respostas institucionais e novas
dimensões de debate. Revista Brasileira de Política Interna-
cional, v.47, n.2, p.100-130, dez. 2004.
BERGER, Peter; LUCKMANN, omas. A construção so-
cial da realidade: tratado de sociologia do conhecimento.
Petrópolis: Vozes, 1966.
BIERSTEKER, omas J.; WEBER, Cynthia. State sover-
eignty as social construct. Cambridge: Cambridge University
Press, 1996.
BOBBIO, Norberto; MATEUCCI, Nicola; PASQUINO,
Gianfranco. Dicionário de política. Brasília: Editora UnB,
1983.
BOOTH, Wayne C.; COLOMB, Gregory G.; WILLIAMS,
Joseph M. A arte da pesquisa. São Paulo: Martins Fontes,
2000; Brasília: Ed. Universidade de Brasília, 1992. Verbetes:
Poder; Política.
BULL, Hedley. e anarchical society: a study of order in
world politics. New York: Columbia University, 1977.
BUZAN, Barry. e primary institutions of international soci-
ety. In: From international to world society?: English school
theory and the social structure of globalization. Cambridge:
Cambridge University Press, 2004.
CAMBRIDGE DICTIONARY. Enforcement. Disponível
em: <https://dictionary.cambridge.org/pt/dicionario/ingles/
enforcement>. Acesso em: 14 jun. 2021.
DUFFIELD, John. What are international institutions?. Ox-
ford: International Studies Review, v. 9, n.1, p. 1-22, prima-
vera 2007.
FINNEMORE, Martha. Norms, culture and world politics:
insights from sociologys institucionalism. In: International
Organization, v. 50, n. 2, p. 325-347, primavera, 1996.
FINNEMORE, Martha; SIKKINK, Kathryn. Taking Stock:
e constructivist research program in international relations
and comparative politics. Annual Review of Political Science,
n. 4, p. 391-416, 2001.
FRANCHINI, Matías; VIOLA, Eduardo; BARROS-PLA-
TIAU, Ana Flávia. e challenges of the antropocene: from
international environmental politics to global governance.
Ambiente & Sociedade, São Paulo, v. 20, n. 3, p. 2017. Dis-
ponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_art-
text&pid=S1414-753X2017000300177&lng=en&tlng=en>.
Acesso em: 17 ago. 2020.
FRASER, Trudy. A comparative architectural analysis of the
1997 Kyoto protocol and the 2015 Paris agreement and other
ways to counter environmental ‘ratication fatigue’. In: PO-
POVSKI, Vesselin (ed.). e implementation of the Paris
agreement on climate change. [S. l.]: Routledge, 2019.
GERSEN, Jacob E.; POSNER, Eric A. Soft law: lessons from
congressional practice. Stanford Law Review, Stanford, v. 61,
n. 3, p. 573-627, dez. 2008.
GIDDENS, Anthony. e construction of society: outline
of the theory of structuration. Cambridge: Polity Press, 1984.
GIDDENS, Anthony. e politics of climate change. Cam-
bridge: Polity Press, 2011.
GOODFELLOW, Tom; LINDERMANN, Stefan. e clash
of institutions: traditional authority, conict and the failure of
“hybridity” in buganda. In: Commonwealth and Comparati-
ve Politics, v.51, n.10, p. 3-26, jan. 2013.
GUZZINI, Stefeno. Constructivism and the role of institu-
tions in international relations, Copenhagen: Copenhagen
Peace Research Institute, 2003.
HAGGARD, Stephan; SIMMONS Beth. eories of interna-
tional regimes. In: International Organization. Cambridge:
MIT Press, 1987.
HALL, Rodney Bruce. National collective identity: social
constructs and international systems. New York: Columbia
University Press, 1999.
HARRE, Rom. Social being. Oxford: Blackwell, 1978.
HASENCLEVER, Andreas; MAYER, Peter; RITTBERGER,
Volker. eories of international regimes. Cambridge: Cam-
bridge University Press, 1997.
IPCC. Summary for Policymakers. In: Climate Change 2007:
e Physical Science Basis. Contribution of Working Group
I to the Fourth Assessment Report of the Intergovernmental
Panel on Climate Change, Cambridge: Cambridge University
Press, 2007.
IPCC. Summary for policymakers, 2018. In.: masson-del-
motte, v.; p. Zhai, h.-o. Pörtner, d. Roberts, j. Skea, p.r. Shukla,
a. Pirani, w. Moufouma-kia, c. Péan, r. Pidcock, s. Connors,
j.b.r. Matthews, y. Chen, X. Zhou, M.I. GOMIS, E. LON-
NOY, T. MAYCOCK, M. TIGNOR, and T. WATERFIELD
(eds.). Global Warming of 1.5 C: An IPCC Special Report
on the impacts of global warming of 1.5 C above pre-indus-
trial levels and related global greenhouse gas emission path-
ways, in the context of strengthening the global response to the
threat of climate change, sustainable development, and eorts
to eradicate poverty. In Press. 2018. Disponível em: <https://
www.ipcc.ch/sr15/>. Acesso em: 19 set. 2020.
IPCC, 2021: Summary for policymakers. In: Climate change
2021: the physical science basis. contribution of working
group i to the sixth assessment report of the intergovernmental
panel on climate change [Masson Delmotte, V., P. Zhai, A.
Pirani, S. L. Connors, C. Péan, S. Berger, N. Caud, Y. Chen,
L. Goldfarb, M. I. Gomis, M. Huang, K. Leitzell, E. Lonnoy,
J. B. R. Matthews, T. K. Maycock, T. Watereld, O. Yelekçi,
R. Yu and B. Zhou (eds.)]. Cambridge: Cambridge University
Press. In Press.
JAMES, Alan. e practice of sovereign statehood in contem-
porary international society, Political Studies, v.47, n.3, p.
457-73, 1999.
KEOHANE, Robert O. e demand for international re-
gimes. International Organization, v. 36, n. 2, p. 325-355,
primavera, 1982.
KEOHANE, Robert. After hegemony: cooperation and dis-
cord in a world political economy. Princeton: Princeton Uni-
versity Press, 1984.
KEOHANE, Robert. International institutions: two ap-
proaches. International studies quarterly. International Stud-
ies Quarterly, v.32, n.4, p.379-396, 1988.
KEOHANE, Robert O.; VICTOR, David G. e regime
complex for climate change. e Harvard Project on Inter-
national Climate Agreements, p. 10-33, Jan. 2010.
KOLBERT, E. e woman who could stop climate change. Dis-
ponível em: <https://www.newyorker.com/magazine/2015/08/24/
the-weight-of-the-world>. Acesso em: 9 nov. 2021.
11 • Conjuntura Internacional • Belo Horizonte, ISSN 1809-6182, v.19 n.2, p.5 - 11, out. 2022
KOREMENOS, Barbara; LIPSON, Charles; SNIDAL, Dun-
can. e rational design of international institutions. Cam-
bridge: Cambridge University Press, 2001. Cap. 1
KRASNER, Stephen. Structural cause and regime conse-
quences: regimes as intervening variables. In: International
Organization, 1982.
KRASNER, Stephen. Sovereignty: organized hypocrisy.
Princeton: Princeton University Press, 1999.
KULOVESI, Kati. Exploring the Landscape of climate law and
scholarship: two emerging trends. In: HOLLO, Erkki J.; KU-
LOVESI, Kati; MEHLING, Michael (ed.). Climate change
and the law. [S. l.]: Springer, 2013. cap. 3, p. 31-62.
MAGUIRE, Rowena. Foundations of international climate
law: objectives, principles and methods. In: HOLLO, Erkki
J.; KULOVESI, Kati; MEHLING, Michael (ed.). Climate
Change and the Law. [S. l.]: Springer. cap. 5, p. 83-111, 2013.
MARCH, James G.; OLSON, Johan P. e institutional dy-
namics of international political orders, International Orga-
nization, v. 52, n. 4, p. 943-969, 1998.
MARCH, James G.; OLSON Johan P. Elaborating the “new
institutionalism”. In: Political institutions. Oxford: Oxford
University Press, 2006.
MAYALL, James. World politics: progress and its limits,
Cambridge: Polity, 2000.
MCCORMICK, John. Rumo ao paraíso: a história do movi-
mento ambientalista. Rio de Janeiro: Relumé-Dumará, 1992.
MILLER, Seumas. Social institutions. In: e stanford ency-
clopedia of philosophy. Stanford: Stanford University, 2019.
MOOSMANN, Lorenz et al. International climate change
negotiations: issues at stake in view of the COP 25 UN Cli-
mate Change Conference in Madrid. European Parliament.
November, 2019. Disponível em: https://www.europarl.
europa.eu/thinktank/en/document.html?reference=IPOL_
STU(2019)642344. Acesso em: 07 ago. 2021.
POPOVSKI, Vesselin. ‘Hard’ and ‘soft’ law on climate change:
comparing the 1997 Kyoto Protocol with the 2015 Paris
Agreement. In: POPOVSKI, Vesselin (ed.). e implementa-
tion of the Paris agreement on climate change. [S. l.]: Rout-
ledge, 2019.
POPOVSKI, Vesselin. Implementation of international en-
vironmental agreements. In: POPOVSKI, Vesselin (ed.). e
implementation of the Paris agreement on climate change.
[S. l.]: Routledge, 2019.
PROLO, Caroline. O que falta para o acordo de Paris funcio-
nar?. Observatório do Clima, 13 nov. 2018. Disponível em:
<https://medium.com/@observatorioclima/o-que-falta-para-
-o-acordo-de-paris-funcionar-558402a63637>. Acesso em: 6
out. 2020.
TURNER, Jonathan. e institutional order. New York:
Longman, 1997.
UNFCCC. Kyoto protocol to the United Nations Frame-
work Convention on climate change, 1997. Disponível em:
<https://unfccc.int/resource/docs/convkp/kpeng.pdf>. Acesso
em: 8 jun. 2021.
UNFCCC. Paris agreement, 2015. Disponível em: <https://
unfccc.int/process-and-meetings/the-paris-agreement/the-pa-
ris-agreement>. Acesso em: 8 jun. 2021.
UNFCCC. United Nations framework convention on cli-
mate change, 1992. Disponível em: <https://unfccc.int/re-
source/docs/convkp/conveng.pdf>. Acesso em: 8 jun. 2021.
VIOLA, Eduardo. O regime internacional de mudança climá-
tica e o Brasil. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 17, n.
50, p. 25-46, out. 2002.
WEIDNER, Helmut. O desenvolvimento de capacidades em
política ambiental: resultados de um Estudo em 30 países. In:
HOFMEISTER, Wilhelm (ed.). Rio + 10 = Joanesburgo:
rumos ao desenvolvimento sustentável. Fortaleza: Fundação
Konrad Adenauer, 2002. p. 65-97.
YOUNG, Oran R. International regimes: problems of con-
cept formation. World Politics, 1980.
YOUNG, Oran R. Regime dynamics: the rise and fall of in-
ternational regimes. International Organization, University
of Wisconsin Press, v. 36, ed. 2, p. 277-297, 1982. Disponível
em: <http://www.jstor.org/stable/2706523>. Acesso em: 15
abr. 2021.
YOUNG, Oran R. International cooperation: building re-
gimes for natural resources and the environment. Ithaca: Cor-
nell University Press, 1989.