O TEMPO É O MESMO PARA TODOS? UM ESTUDO SOBRE PERCEPÇÔES TEMPORAIS COM JOVENS TRABALHADORES DE SÃO PAULO (SP) E CURITIBA (CR)
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.1984-6606.2020v20n55p5-23Palavras-chave:
tempo, percepções temporais, jovens trabalhadoresResumo
Diante dos modos de viver contemporâneos, nos quais o tempo é considerado um bem cada vez mais escasso, difícil de entender e de administrar, a maneira com a qual as pessoas lidam com o seu tempo e as suas demandas pessoais e profissionais pode trazer reflexos para o contexto organizacional e para o indivíduo. No caso dos jovens trabalhadores, público marcado por idiossincrasias e dificuldades no mundo laboral, as preferências e estratégias para lidar com o tempo em suas atividades podem impactar o seu desempenho e o desempenho da organização onde se inserem. Dado isto, o objetivo deste trabalho consiste em analisar e comparar como se configuram as percepções temporais de jovens trabalhadores assistidos pelo ESPRO das cidades de São Paulo (SP) e Curitiba (PR). Realizou-se um estudo de caso com pesquisa de campo, quantitativa e descritiva. A coleta de dados foi feita por meio de questionários e eles foram tratados a partir de análise estatística descritiva uni e bivariada. Percebeu-se certa consonância entre os achados de São Paulo (SP) e de Curitiba (PR) no que diz respeito a velocidade, pontualidade e arrastamento. Por outro lado, há discrepâncias consideráveis quanto à policronicidade e à profundidade temporal dos jovens, mostrando que o tempo é percebido e vivenciado de modo diferente pelos grupos abordados.