Gerenciamento de risco de fundos de pensão no Brasil: alocação estratégica ou simples foco na meta atuarial?
Resumo
Fundos de pensão representam um problema clássico de administração de carteiras, no qual a gestão se centra obrigatoriamente em torno de uma meta atuarial que representa uma referência para a alocação de ativos, no sentido de conseguir retornos que garantam o passivo. Por outro lado, a idéia de que essa meta também baliza o risco nem sempre é evidente, já que, tradicionalmente, o mercado financeiro utiliza riscos absolutos, traduzidos em medidas como o VaR, como um parâmetro suficiente para adequação dos níveis aceitáveis de risco. Em alguns países, essa percepção mais sutil, relacionando risco e meta atuarial, já existe. No Brasil ela vem se tornando mais clara, até pela ação dos agentes reguladores, que começam a perceber que medidas de aderência das carteiras a suas metas são muito mais significativas do que medidas de risco absoluto. O que esse estudo pretendeu mostrar foi que uma dessas medidas – o tracking-error –, se definido de forma a considerar as peculiaridades do mercado brasileiro, constitui-se em medida capaz de detectar riscos que o VaR não detectaria. Além disso, utilizamo-nos de exemplo com vista a mostrar que a alocação estratégica dos ativos no Brasil constitui-se muito mais em um exercício de manutenção de aderência à meta atuarial do que propriamente em perseguição de rentabilidades.Downloads
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Publicado
2008-09-22
Como Citar
Bertucci, L. A., Souza, F. H. R. de, & Félix, L. F. F. (2008). Gerenciamento de risco de fundos de pensão no Brasil: alocação estratégica ou simples foco na meta atuarial?. Revista Economia & Gestão, 6(13). Recuperado de https://periodicos.pucminas.br/economiaegestao/article/view/25
Edição
Seção
Artigos