DE JOVEM A JOVEM APRENDIZ:
REFLEXÕES SOBRE AUTOFORMAÇÃO DO SUJEITO NO PROGRAMA JOVEM APRENDIZ
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.1984-6606.2023v23n65p119-140Palavras-chave:
Formação Profissional, Autoformação, Jovem Aprendiz, FoucaultResumo
Este trabalho, de fundamentação qualitativa, objetiva analisar a autoformação do jovem trabalhador atendido na Associação Ensino Social Profissionalizante (ESPRO), através das atividades empreendidas pelo Programa Jovem Aprendiz. Para tanto, examinaram-se os modos como os jovens se organizam em torno da noção de jovem aprendiz, como um conhecimento que não existe em sua forma natural, senão como uma construção social e histórica. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, abordando questões relacionadas às singularidades do campo investigado e dos indivíduos pesquisados e análises das práticas discursivas na busca de desvelamentos de sentidos construídos pelos jovens entrevistados na formação de si. Para compreender como os sujeitos são constituídos recorreu-se a leituras de Foucault sobre subjetividade e tecnologias/práticas de si, argumentando-se que o jovem é formado como um sujeito pensante e atuante por meio dos modos de objetivação e subjetivação em torno do conceito de jovem aprendiz. O artigo contribui como fundamento empírico para reflexões teóricas, em que se analisam a importância do sujeito como elemento fundamental nas questões organizacionais envolvidas na constituição do sujeito ético.