ADAPTAÇÃO INTERCULTURAL DE MULHERES BRASILEIRAS AUTOEXPATRIADAS
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.1984-6606.2025v25n71p112-134Palavras-chave:
Mobilidade internacional, Autoexpatriação, Mulheres Brasileiras, Adaptação InterculturalResumo
O processo da mobilidade internacional pode ser um episódio biográfico disruptivo em que se experimenta uma série de desafios, sendo um deles a adaptação intercultural que irá afetar diferentes aspectos da vida pessoal e profissional. O objetivo deste estudo é examinar como ocorre a adaptação intercultural de mulheres brasileiras autoexpatriadas e que são altamente qualificadas. O método escolhido foi a pesquisa narrativa, com uso da técnica de análise temática. A coleta de dados foi feita por meio de entrevista semiestruturada com um total de 21 participantes. A mobilidade internacional impulsionou um processo de liberdade pessoal e profissional, e de autoconhecimento. Observou-se que, com o passar do tempo e com a adaptação intercultural, apesar dos percalços, barreiras e desafios, elas afirmam-se completamente adaptadas e que estar em mobilidade internacional possibilitou um equilíbrio maior entre vida pessoal e profissional. Estarem fora de suas zonas de conforto, abertas ao “não saber”, não compreender e começar “tudo do zero”, consequências de estarem vivendo em um ambiente completamente diferente, levou-as a testarem seus limites e passarem por um processo de autorreconhecimento, autodesenvolvimento e elevação da autoconfiança, sentindo-se mais protagonistas de suas vidas e carreiras na autoexpatriação do que no seu país de origem.