Fenonomia e Isonomia no Contexto da Modernidade: Possibilidades de um Novo Modelo Social para as Organizações DOI – 10.5752/P.1984-6606.2013v13n32p87
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.1984-6606.2013v13n32p87Palavras-chave:
Fenonomia, Isonomia, Organizações de Economia Social, Homem ParentéticoResumo
Este trabalho lida com duas categorias centrais da Teoria da Delimitação dos Sistemas Sociais proposta por Ramos (1989): as fenonomias e as isonomias. Juntas, elas estabelecem o chamado paradigma paraeconômico da organização social. Ao caracterizar estes dois modelos, o artigo revisa seus conceitos fundamentais para explicar as causas e consequências da combinação destas categorias como alternativa ao modelo econômico moderno fundado na racionalidade formal. A partir da lógica inerente à racionalidade substantiva, o texto propõe estudos sobre como as organizações de setores diferenciados adotam ou não princípios da fenonomia e isonomia em suas práticas, motivadas por pressões ambientalistas e sociais. Pela noção de homem parentético, sugere-se que, além do conflito entre modelos na estrutura social, existe também o conflito ao nível do indivíduo que se submete ao modelo de homem econômico, abrindo mão da realização pessoal. De modo reativo a essa realidade, observa-se o surgimento de muitas organizações que se baseiam em valores distintos dos da racionalidade instrumental como é o caso das organizações de economia social. Contudo, é necessário investigar estas questões para se compreender até que ponto essa combinação é realmente um modelo social que está sendo adotado em alguns setores da economia.