“O DEPARTAMENTO MÉDICO-LEGAL DEVERIA SER BEM TRATADO”: O (NÃO) RECONHECIMENTO NA ATIVIDADE DOS SERVIDORES DO DEPARTAMENTO MÉDICO-LEGAL

Autores

  • Neusa Rolita Cavedon Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.5752/P.1984-6606.2017v17n46p23

Palavras-chave:

Reconhecimento, Psicodinâmica do Trabalho, Departamento Médico-Legal.

Resumo

O artigo tem por objetivo identificar se existe reconhecimento no universo de trabalho daqueles que atuam no Departamento Médico-Legal (DML) do Instituto-Geral de Perícias (IGP) do Rio Grande do Sul. O trabalho não é uma atividade de cunho individual, ele configura-se a partir de uma relação social, portanto, há um saber que se dá no âmbito do coletivo. Para Gernet e Dejours (2011), a dimensão coletiva ganha espaço na medida em que o reconhecimento passa a ser experimentado pelos integrantes da organização. A pesquisa de cunho qualitativo incluiu idas a campo de agosto até dezembro de 2013. Foram realizadas sete entrevistas semiestruturadas com os profissionais da equipe de plantão que atuam em um determinado dia da semana. Os achados revelaram que o reconhecimento pelos superiores hierárquicos, pelos colegas de outro departamento da instituição e pela sociedade, inexistem; por parte da polícia, o reconhecimento é parcial. O reconhecimento simbolicamente significativo se dá pelos pares da equipe de plantão, mas acaba não sendo suficiente para evitar o sofrimento.

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Biografia do Autor

Neusa Rolita Cavedon, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Professora no Departamento de Ciências Administrativas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Pesquisadora do CNPq. Doutora e Mestre em Administração pelo PPGA/EA/UFRGS e Mestre em Antropologia Social pelo PPGAS/UFRGS.

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Publicado

2017-07-24

Edição

Seção

Artigos