A FAVELA COMO PONTO DE PARTIDA
Experiências de Teatro do Oprimido para a discussão sócio-espacial de gênero e suas imbricações na Vila das Antenas.
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2595-7716.2021v3n2p112-128Palavras-chave:
feminismo, Teatro do Oprimido, Vila das Antenas, Produção do espaçoResumo
Este artigo apresenta um questionamento sobre a abordagem sócio-espacial convencional de arquitetos(as) e urbanistas a partir de uma crítica feminista às estruturas de dominação e ao modo que as teorias de gênero têm sido utilizadas no contexto das periferias brasileiras. O artigo tem como estudo de caso uma pesquisa-ação de um ano que experimentou junto com quatro diferentes grupos de moradores da Vila das Antenas em Belo Horizonte, uma prática dialógica a partir da discussão das relações de dominação ali presentes para repensar os usos e possibilidades dos espaços segundo as demandas dos(as) próprios(as) moradores(as). O Teatro do Oprimido, prática teatral sistematizada pelo teatrólogo brasileiro Augusto Boal, é discutido como uma das dinâmicas que foram bem sucedidas como alternativa ao enquadramento teórico convencional e às teorias de gênero ocidentais e eurocêntricas, partindo do corpo para levantar as questões de gênero e suas imbricações.