A FAVELA COMO PONTO DE PARTIDA

Experiências de Teatro do Oprimido para a discussão sócio-espacial de gênero e suas imbricações na Vila das Antenas.

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5752/P.2595-7716.2021v3n2p112-128

Palavras-chave:

feminismo, Teatro do Oprimido, Vila das Antenas, Produção do espaço

Resumo

Este artigo apresenta um questionamento sobre a abordagem sócio-espacial convencional de  arquitetos(as) e urbanistas a partir de uma crítica feminista às estruturas de dominação e ao modo que as  teorias de gênero têm sido utilizadas no contexto das periferias brasileiras. O artigo tem como estudo de caso uma pesquisa-ação de um ano que experimentou junto com quatro diferentes grupos de moradores da Vila das Antenas em Belo Horizonte, uma prática dialógica a partir da discussão das relações de dominação ali presentes para repensar os usos e possibilidades dos espaços segundo as demandas dos(as) próprios(as) moradores(as). O Teatro do Oprimido, prática teatral sistematizada pelo teatrólogo brasileiro Augusto Boal, é discutido como uma das dinâmicas que foram bem sucedidas como alternativa ao enquadramento teórico convencional e às teorias de gênero ocidentais e eurocêntricas, partindo do corpo para levantar as questões de gênero e suas imbricações.

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Biografia do Autor

Maria Laura de Vilhena, UFMG/ Pesquisadora-graduada dos grupos MOM e Lagear

arquiteta e urbanista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Trabalhou durante o período de 2015-2016 como bolsista de monitoria para a disciplina "Fundamentação para Projeto de Arquitetura e Urbanismo I - ateliê integrado de arquitetura" e como bolsista de extensão para o LAGEAR (Laboratório Gráfico para Experimentação Arquitetônica) de 2016 à 2018. Desde 2017 trabalha também com cenografia junto aos grupos NUPECE, Barracão e ao Teatro Universitário da UFMG. Tem experiência em arquitetura e urbanismo com foco nas seguintes áreas: cenografia e design teatral, interfaces, assessoria técnica, feminismo e produção espacial.

Ana Baltazar, UFMG/ Professora Associada

É graduada em Arquitetura e Urbanismo (1994) e mestre em Arquitetura (1998) pela Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais, e PhD em Arquitetura e Ambientes Virtuais pela Bartlett School of Architecture, University College London (2009). Foi professora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de São João del Rei no segundo semestre de 2009, tendo trabalhado no Projeto Pedagógico do Curso. Ingressou no Departamento de Projetos da Escola de Arquitetura da UFMG no final de 2009 e desde janeiro de 2018 é Professora Associada. Tem atuado na graduação e na pós-graduação e desde junho de 2019 é coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da UFMG (NPGAU). Co-coordena os grupos de pesquisa MOM (Morar de Outras Maneiras) e LAGEAR (Laboratório Gráfico para Experimentação Arquitetônica) na Escola de Arquitetura da UFMG. Participa do grupo de pesquisa Terra Comum, tendo co-organizado o Seminário Internacional Terra Comum em 2018 e co-editado dois livros sobre a temática em 2019. Tem se dedicado à investigação dos entraves para o comum e para a ação direta, buscando a superação da democracia representativa e da propriedade privada. Desenvolve interfaces (físicas, digitais e híbridas) para assessoria técnica de arquitetura e urbanismo, visando ampliar as possibilidades de autonomia coletiva e emancipação cidadã na produção do espaço.

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Publicado

2022-03-07

Como Citar

Vilhena, M. L. de, & Baltazar, A. P. (2022). A FAVELA COMO PONTO DE PARTIDA: Experiências de Teatro do Oprimido para a discussão sócio-espacial de gênero e suas imbricações na Vila das Antenas. Em Sociedade, 3(2), 112–128. https://doi.org/10.5752/P.2595-7716.2021v3n2p112-128