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Elisangela Gela, Daniel Arruda Coronel, Angelo Costa Gurgel Análise das relações comerciais das macrorregiões brasileiras com os países signatários do CPTPP (2018)
Análise das relações comerciais das
macrorregiões brasileiras com os países
signatários do CPTPP (2018)
Análisis de las relaciones comerciales de las
macroregiones brasileñas con los países signatarios de
CPTPP (2018)
Analysis of the commercial relationships of brazilian
macroregions with the CPTPP signatory countries (2018)
Elisangela Gelatti1
Daniel Arruda Coronel2
Angelo Costa Gurgel3
DOI: 10.5752/P.2317-773X.2021v9.n3.p7
Recebido em: 29 de janeiro de 2020
Aceito em: 02 de novembro de 2020
R
O Acordo Abrangente e Progressivo para a Parceria Transpacíco (CPTPP) é
um dos mais recentes e importantes mega-acordos de livre comércio de bens
e serviços, englobando parcelas signicativas do comércio mundial, realizado
sobre disposições e medidas capazes de modicar a estrutura mundial de co-
mércio internacional. Assim, este estudo teve como objetivo analisar as relações
comerciais das macrorregiões brasileiras com os países signatários do CPTPP.
Metodologicamente, o estudo é de caráter qualitativo, com nalidade analítica-
-descritiva com dados do MDIC, para o período de 2000 a 2018. Os resultados
revelam que a formação do CPTPP impactará de maneira direta e indireta o
Brasil, visto que cada macrorregião brasileira atua de forma diferente na dinâ-
mica do comércio internacional, exportando e importando diferentes produtos
de bens e serviços para os países signatários, os quais representam importantes
parceiros comerciais e inuenciam no crescimento de suas economias. Portanto,
considerando que o Brasil é um país com um expressivo potencial de crescimen-
to e desenvolvimento econômico no comércio internacional, compreende-se
que se apenas mantiver vínculo comercial com os países do CPTPP, o Brasil
poderá car vulnerável à dinâmica do comércio internacional, correndo riscos
de fácil substituição por um país concorrente.
Palavras-chave: Brasil. Exportação. Importação. CPTPP.
A
The Comprehensive and Progressive Agreement for the Trans-Pacic Part-
nership (CPTPP) is one of the most recent and important mega free trade
1. Doutoranda em Economia Aplicada,
USP/ESALQ. E-mail:elisangelagelatti@
hotmail.com.
2. Docente na Pós-Graduação de
Economia e Desenvolvimento, UFSM.
E-mail:daniel.coronel@uol.com.br.
3. Docente no Mestrado Profissional em
Agronegócio, FGV/EESP. E-mail:angelo.
gurgel@fgv.br.
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estudos internacionais • Belo Horizonte, ISSN 2317-773X, v. 9, n. 3, (set. 2021), p. 7-32
agreements for goods and services, encompassing signicant parts of world
trade, carried out on provisions and measures capable of modifying the world
structure of international trade. Thus, this study aimed to analyze the com-
mercial relations of the Brazilian macro-regions with the CPTPP signatory
countries. Methodologically this study is of a qualitative character, with analy-
tical-descriptive purpose with data from the MDIC, for the period 2000 to 2018.
The results reveal that the formation of the CPTPP will directly and indirectly
impact Brazil, since each Brazilian macro-region acts dierently in the dynamics
of international trade, exporting and importing dierent goods and services
products to the signatory countries, which represent important trading partners
and inuence the growth of their economies. Therefore, considering that Brazil
is a country with an expressive potential for growth and economic development
in international trade, it is understood that only maintaining a commercial link
with the CPTPP countries, Brazil may be vulnerable to the dynamics of interna-
tional trade, taking risks of easy replacement by a competing country.
Keywords: Brazil. Export. Import. CPTPP.
R
El Acuerdo Integral y Progresivo para la Asociación Transpacíca (CPTPP)
es uno de los mega acuerdos de libre comercio más recientes e importantes
para bienes y servicios, que abarca partes importantes del comercio mundial,
llevado a cabo sobre disposiciones y medidas capaces de modicar la estructu-
ra mundial del comercio internacional. Por lo tanto, este estudio tuvo como
objetivo analizar las relaciones comerciales de las macrorregiones brasileñas con
los países signatarios del CPTPP. Metodológicamente este estudio es de carácter
cualitativo, con nes analítico-descriptivos con datos del MDIC, para el período
de 2000 a 2018. Los resultados muestran que la formación del CPTPP impacta-
rá directa e indirectamente a Brasil, ya que cada macrorregión brasileña actúa
de manera diferente en la dinámica del comercio internacional, exportando e
importando diferentes bienes y servicios a los países signatarios, que representan
importantes socios comerciales e inuyen en el crecimiento de sus economías.
Por lo tanto, considerando que Brasil es un país con un potencial expresivo
para el crecimiento y el desarrollo económico en el comercio internacional, se
entiende que solo manteniendo un vínculo comercial con los países de CPTPP,
Brasil puede ser vulnerable a la dinámica del comercio internacional, asumiendo
riesgos de Fácil reemplazo por un país competidor.
Palabras clave: Brasil. Exportar. Importar. CPTPP.
Introdução
O Acordo Abrangente e Progressivo para a Parceria Transpací-
co(CPTPP) é um dos mais recentes e importantes mega-acordos deli-
vre comércio”de bens e serviços, englobando parcelas signicativas do
comércio mundial, além de ser considerado um novo padrão de regras de
comércio e investimento, com disposições e medidas capazes de modi-
car a estrutura mundial de comércio internacional.
O CPTPP é pactuado por onze países: Austlia, Brunei, Canadá,
Chile, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Singapura e Vietnã,
que assinaram o acordo em 8 de março de 2018 (WTO, 2018a). O CP-
TPP representa o terceiro maior bloco ecomico existente, visto que,
em 2018, apresenta cerca de 13% do PIB mundial, cando atrás apenas
do NAFTA (Acordo de Livre Comércio da América do Norte) (28%) e da
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Elisangela Gela, Daniel Arruda Coronel, Angelo Costa Gurgel Análise das relações comerciais das macrorregiões brasileiras com os países signatários do CPTPP (2018)
União Europeia (21%) (FMI, 2019; THORSTENSEN; NOGUEIRA, 2019;
MIYAZAKI, 2019).
Devido à relevância do CPTPP, compreende-se que sua decorrência
causará importantes impactos econômicos mundiais, implicando mudan-
ças signicativas nas cadeias de fornecimento globais (CORR; ROSEN-
ZWEIG; MORAN; SCOLES; SOLOMON, 2019). Destaca-se que o Brasil
está exposto a este cenário, pois direcionou no ano de 2018 cerca de 12%
(US$28,8 bilhão) do total de suas exportações para o CPTPP (MINISTÉ-
RIO DO DESENVOLVIMENTO, INSTRIA E COMÉRCIO, MDIC,
2019). Além disso, para o ano de 2018, os países membros do bloco, como
Chile, México, Japão, Cingapura e Canadá, caram entre os quatorzes
primeiros em ranking de destinos das exportações brasileiras, tornando-
-se importantes parceiros comerciais econômicos para o Brasil (MDIC,
2019).
Assim, sugere-se que a consolidação do CPTPP poderá causar efei-
tos para diversos países, em especial para o Brasil, que tem direcionado
sua dinâmica econômica para o comércio internacional e apresenta im-
portantes heterogeneidades. Deste modo, o problema de pesquisa consis-
te em responder à questão: Quais são os potenciais efeitos econômicos da
formação do CPTPP para o Brasil? Para responder a esse questionamento,
o estudo tem como objetivo analisar as relações comerciais das macrorre-
giões brasileiras com os países signatários do CPTPP. Especicamente, a)
analisar os uxos comerciais das macrorregiões brasileiras com os países
signatários do CPTPP e b) identicar os principais setores das macrorre-
giões brasileiras que poderão ser os mais impactados com o CPTPP.
Para tal, realizou-se um estudo qualitativo, baseado em fonte se-
cundárias, com nalidade analítica-descritiva (THOMAS; NELSON,
1996). Os dados de comércio exterior, isto é, os uxos de importação e
exportação das macrorregiões brasileiras e dos países do CPTPP foram
obtidos a partir do MDIC (2019) para os anos de 2000 a 2018, e os dados
em relação ao Comércio Mundial e PIB Mundial foram obtidos a partir
do Fundo Monetário Internacional (FMI) (2019). Destaca-se que esta aná-
lise é fundamental, visto que apresenta um retrato das relações comer-
ciais entre o Brasil e os países do CPTPP, bem como analisa-se os setores
e macrorregiões brasileiras em que há uma maior relação de comércio e
que poderão ser os mais impactados com a efetivação do CPTPP.
Seguindo esta temática, este estudo busca contribuir com o debate
atual sobre a nova dimica dos mega-acordos comerciais em discussão e
em implementação, e, desta forma, sugerir aos formuladores de políticas
que analisem a possibilidade do Brasil a considerar o CPTPP entre outros
APCs como alternativas de negociações, visto que o país, até o momento,
possui poucos acordos preferenciais rmados, bem como relativamente
poucas negociações em curso (VALE, 2018) e muitos dos países do CP-
TPP são importantes parceiros comerciais. Além disso, busca oferecer
subsídios para formulação de políticas e estratégias especícas direciona-
das à realidade de cada macrorregião a m de torná-las mais produtivas e
competitivas frente ao comércio internacional.
O presente estudo está estruturado em cinco seções, além desta
introdução. Na segunda seção, apresenta-se uma revisão teórica sobre
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estudos internacionais • Belo Horizonte, ISSN 2317-773X, v. 9, n. 3, (set. 2021), p. 7-32
Acordos Preferenciais de Comércio (APCs). Na terceira seção, apresenta-
-se uma revisão sobre o acordo do CPTPP. Na quarta seção, analisam-se
as relações comerciais (uxos das exportações e importações) do Brasil
(macrorregiões brasileiras) com CPTPP. Na quinta seção, apresenta-se
uma análise individual de cada macrorregião com os países signatários
do CPTPP, e a última seção apresenta as considerações nais do trabalho.
Acordos preferenciais de comércio (APCs)
Os Acordos Preferenciais de Comércio (APCs) são denidos como
uma união entre países, na qual é acordada a incidência de uma tarifa
menor para bens produzidos pelos países-membros, em detrimento dos
produtos produzidos pelo restante do mundo, aos quais são aplicadas ta-
rifas maiores.
Os APCs acontecem quando um ou mais países realizam negocia-
ções através da imposição de tarifas aduaneiras mais baixas às importa-
ções, sem, para isso, estarem sujeitos às regras que regulam os blocos
econômicos regionais (COELHO, 2003). Com essa redução de tarifas de
certo país ou entre países, espera-se que os envolvidos obtenham ganhos
de produção e de renda pela importação e exportação.
As motivações em participar desses acordos estão em obter vanta-
gens ou determinados benefícios que um país não conseguiria alcançar
sozinho. Estas motivações estão associadas aos benefícios do livre comér-
cio e a outros fatores, como “aumento do poder de barganha, acesso aos
mercados, busca por segurança e credibilidade, estabilidade política...
(CARMOS; MARIANO, 2016, p. 50).
Conforme Fassbinder (2017, p.13), “a ampliação de mercado a partir
da eliminação de barreiras ao uxo de mercadorias, servos e fatores de
produção assegura não apenas melhor alocação de recursos como tam-
bém incremento da concorrência”, o que resultaria em preços mais bai-
xos, aumento na qualidade dos produtos e crescimento da produtividade
dos fatores de produção.
Destaca-se que os APCs não se limitam apenas à redução de barreiras
comerciais taririas, mas englobam também diversas questões relevantes
e regulatórias de comércio, capazes de garantir uma maior agilidade e se-
gurança na facilitação do livre comércio de bens e serviços entre os países.
Os APCs vêm ocorrendo em todas as regiões do mundo. Nos últi-
mos anos, tem aumentado signicativamente os Acordos Preferenciais de
Comércio (APCs), uma vez que são pouquíssimos os países que não têm
pelo menos um acordo comercial preferencial (BAUMANN; CANUTO;
GONÇALVES, 2004). Em 1996, o número deAPCsque estavam em vigor
na Organização Mundial do Comércio (OMC) era de 52, passando signi-
cativamente para 292 em 2018 (WTO, 2019).
Destaca-se que muitos países têm utilizado em grande escala os
APCs a m de expandir suas fronteiras comerciais, como estratégia para
o desenvolvimento comercial baseada em uma liberação multilateral dos
mercados (VILELA, 2012). Ainda, outros países utilizam estes acordos
como instrumentos para obter vantagens sobre outros países, em rela-
ções assimétricas de poder4 (RICUPERO, 2002).
4. Ver mais em Ricupero (2002).
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Elisangela Gela, Daniel Arruda Coronel, Angelo Costa Gurgel Análise das relações comerciais das macrorregiões brasileiras com os países signatários do CPTPP (2018)
Nesse sentido, os APCs vêm assumindo grande importância no ce-
rio do comércio internacional, modicando o acesso aos mercados e as
relações e integrações comerciais entre todos os países, pois a participa-
ção em APCs de “livre comércio” pode representar uma condição melhor
ao acesso de mercado em blocos maiores. Assim, na próxima seção, apre-
senta-se a formação, a evolução, os objetivos e as disposições do acordo de
livre comércio do CPTPP.
Acordo Abrangente e Progressivo para a Parceria Transpacífica (CPTPP)
O CPTPP é um dos mega-acordos mais relevantes realizados na
economia global dos últimos tempos. O CPTPP originou-se do TPP-A-
cordo de Preferência Comercial Transpacíco, o qual visava à facilitação
do comércio entre os onze países do CPTPP e os Estados Unidos, assina-
do em 30 de outubro de 2015. Contudo, em janeiro de 2017, os Estados
Unidos retiraram-se do TPP. Então, com a saída da maior economia do
acordo, os 11 (onze) países restantes do TPP continuaram suas negocia-
ções, visando a seus interesses a m de que o acordo de facilitação de
comércio entre suas economias fosse mantido.
Deste modo, após diversas rodadas de negociações, os países res-
tantes do TPP renegociaram as medidas e disposições do acordo denido
anteriormente (TPP) e assinaram, em março de 2018, um novo acordo
entre eles, chamado Acordo Abrangente e Progressivo para a Parceria
Transpacíco (CPTPP), o qual segue as principais disposições e referên-
cias do TPP-original, como já destacado. Portanto, o Acordo de Prefe-
rência ComercialTranspacíco(TPP-original) (2015) foi substituído pelo
Acordo Abrangente e Progressivo para a ParceriaTranspacíco(CPTPP)
(2018) (WTO, 2018b).
O CPTPP é formado por 11 (onze) países signatários, a saber: Aus-
tlia, Brunei, Canadá, Chile, Japão, Masia, México, Nova Zelândia,
Peru, Cingapura e Vietnã, os quais são banhados pelo Oceano Pacíco,
assinado em Santiago, no Chile, em 8 de março de 2018 (WTO, 201).
Suas economias representaram, juntas, em 2018, cerca de US$ 11 trilhões,
quase 13% do PIB mundial (US$ 84,82 trilhões) e sua população é de apro-
ximadamente 500 milhões de pessoas (FMI, 2019).
As maiores economias são Japão (5,85%), Canadá (2,02%), Austrália
(1,67%) e México (1,44%), que, juntas, representam cerca de 85% do PIB
(US$ 9 trilhões) do CPTPP, enquanto a menor economia é Brunei, com
apenas 0,02% de participação no PIB Mundial em 2018. Para Miyazaki
(2019, p. 33), cada país signatário do CPTPP apresenta diferentes dotações
de fatores, formando um “mercado com grande potencial de crescimento
do intercâmbio entre seus membros, com o aprofundamento da integra-
ção ecomica, levando ao crescimento econômico.
No comércio internacional de bens e serviços, a participação total
do CPTPP, em 2018, foi de aproximadamente 15%. Entre os principais
signatários, em relação à participação individual, Japão, México e Cana-
dá conguram-se em 4º, 12º e 13º, em ranking para o ano de 2018, os
maiores exportadores e importadores mundiais, apresentando uma par-
ticipação considerável no comércio mundial de 3,38%, 2,36%, 2,34%, res-
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estudos internacionais • Belo Horizonte, ISSN 2317-773X, v. 9, n. 3, (set. 2021), p. 7-32
pectivamente, para o mesmo período (TWO, 2019). Quanto aos demais
países signatários, apresentaram percentuais abaixo de 2%, tendo Brunei
a menor participação , com apenas 0,02% (TWO, 2019).
Nota-se que a inserção dos países no comércio internacional é bas-
tante assimétrica, o que contribui para o ganho e crescimento das econo-
mias, uma vez que, ao possuírem estruturas ecomicas diferentes, têm
geralmente diferentes vantagens competitivas, potencializando-as em re-
lação aos termos de troca e alocação de fatores de produção.
O CPTPP representa o terceiro maior bloco econômico existente,
cando atrás apenas do NAFTA e da União Europeia, que, em 2017, apre-
sentaram uma participação de aproximadamente 28% e 21%, respectiva-
mente, no PIB mundial (FMI, 2019; THORSTENSEN; NOGUEIRA, 2019;
MIYAZAKI, 2019).
O CPTPP tem como principal objetivo a facilitação e o aumento
do uxo de comércio entre seus signatários a m de mitigar ou eliminar
os impactos negativos das barreiras comerciais e/ou políticas comerciais
protecionistas em suas relações de comércio. A proposta de redução “to-
tal” de tarifas para formar uma área de “livre comércio” entre os países
do CPTPP está projetada para acontecer no período máximo de 21 anos.
Entretanto, esse prazo de eliminação tariria difere de um país mem-
bro para o outro. Por exemplo, o Japão irá remover tarifas gradualmente ao
longo de um período de 21 anos, enquanto Cingapura removeu todas as suas
tarifas no momento em que o acordo entrou em vigência. Isso reete a estru-
tura tariria e os interesses políticos e comerciais de cada país signatário. Por
possuírem diferenças quanto a dimensão ecomica e dotação de fatores,
ocorrem maiores assimetrias na adaptação ao ambiente regulatório assumi-
dos sob o CPTPP e na disputa de poder de mercado entre os membros.
O CPTPP tornou-se efetivo após ser raticado por 6 (seis) dos 11
(onze) signatários, em 30 de dezembro de 2018. Desta forma, considera-se
vigente nesta data apenas para Austlia, Canadá, Japão, México, Nova
Zelândia e Cingapura. Quanto aos demais países, o Vietnã raticou-o em
14 de janeiro de 2019. Nos países restantes, como Brunei, Chile, Malásia
e Peru, ainda não houve a raticação, ou seja, o CPTPP não entrou em
vigência para estes países. Destaca-se que os países vigentes no CPTPP já
estão negociando e beneciando-se das reduções de tarifas de importação.
A Tabela 1 ilustra a raticação (homologação) e a previsão do pe-
ríodo de eliminação de tarifas de cada país signatário do CPTPP. Nota-se
que as tarifas sobre os bens e serviços serão eliminadas gradualmente, ou
seja, uma eliminação progressiva ao longo dos anos, que variam de país
por país conforme seu cronograma de eliminação tarifária, iniciando no
momento que o acordo entrar em vigor para cada país do CPTPP.
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Elisangela Gela, Daniel Arruda Coronel, Angelo Costa Gurgel Análise das relações comerciais das macrorregiões brasileiras com os países signatários do CPTPP (2018)
Tabela 1 – Ratificação, vigência e eliminação de tarifas dos países do CPTPP
Países do CPTPP Data da Ratificação a Nova Zelândia (Depositário Oficial) Data de Vigência do CPTPP Previsão da eliminação de tarifas (anos)
Austrália 31/10/2018 30/12/2018 4
Brunei1- - 11
Canadá 29/10/2018 30/12/2018 12
Chile2- - 8
Japão 06/07/2018 30/12/2018 21
Malásia3- - 16
México 28/06/2018 30/12/2018 16
Nova Zelândia 25/10/2018 30/12/2018 7
Peru4- - 16
Cingapura 19/07/2018 30/12/2018 imediato
Vietnã 15/11/2018 14/01/2019 21
Fonte: Elaboração própria, baseada em Corr, Rosenzweig, Moran, Scoles e Solomon
(2019), Ghaith (2019), Governo da Nova Zelândia (2019) e Governo do Canadá (2019).
Nota: 1O governo de Brunei está alterando as regras sobre propriedade intelectual e
trabalho para cumprir seus compromissos com o CPTPP, entretanto, o governo não tem
previsão para fazer sua ratificação. 2A ratificação do governo chileno estava prevista
para o primeiro trimestre de 2019, porém ainda não ocorreu. 3A previsão para o gover-
no da Malásia para fazer sua ratificação se estenderá durante o ano de 2019, devido
a sua adaptação ao ambiente regulatório do país com os compromissos assumidos
sob o CPTPP. 4Os desafios políticos internos do governo do Chile estão dificultando a
sua ratificação ao CPTPP.
O CPTPP, apesar de possuir poucas alterações no texto do TPP-
-original, é um dos mais importantes acordos comerciais preferenciais
(APCs) contemporâneos, pois estabelece novas regras institucionais para
o comércio internacional, assim como cria novos padrões para futuros
acordos de livre comércio, além de reordenar as cadeias de fornecimento
da Ásia-Pacíco. O CPTPP apresenta 30 (trinta) capítulos em sua totalida-
de, além das listas de compromissos dos países.
Corr, Rosenzweig, Moran, Scoles e Solomon (2019) ressaltam que o
CPTPP não só terá um impacto tangível no comércio de bens e servos
entre os países signatários, como também poderá ter efeitos de reper-
cussão global, já que suas disposições serão usadas como modelo para
outros acordos. Além disso, o acordo irá corroborar para impulsionar um
crescimento nas trocas comerciais de bens e serviços e poderá causar um
aumento nos uxos de capital e investimento, criando condições para no-
vas estratégias competitivas de desenvolvimento comercial, deixando os
países que estão fora deste acordo em desvantagem competitiva, como
o caso do Brasil. Assim, nas próximas seções, analisam-se as relações co-
merciais econômicas entre o Brasil (macrorregiões) e o CPTPP.
Análise das relações comerciais das macrorregiões brasileiras com o
CPTPP: 2000-2018
Nesta seção apresenta-se uma alise em relação às exportações e
importões (uxos comerciais) de cada macrorregião brasileira (Sul, Su-
deste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte) em relação ao CPTPP. No Gráco
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estudos internacionais • Belo Horizonte, ISSN 2317-773X, v. 9, n. 3, (set. 2021), p. 7-32
1, encontram-se as exportações, importações e o saldo da balança comer-
cial (US$ Milhões) do Brasil com o CPTPP, para o período de 2000 a 2018.
Nota-se que, apesar dos uxos comerciais com o CPTPP nos últi-
mos dos anos registrarem superávits no saldo da balança comercial, em
alguns anos, como 2009, 2010, 2012 e 2013, houve uma queda no valor das
exportações, justicadas por diversos fatores internos e externos à econo-
mia, em especial pela queda na demanda internacional, derivada da crise
internacional de 2008.
Quanto à participação das exportações brasileiras em relação ao
CPTPP, para o ano de 2000, foi cerca de US$ 7,0 bilhões. Para o ano de
2018, esse valor passou para US$ 28,8 bilhões, o que representa cerca de
12% do total das exportações brasileiras, registrando uma taxa média de
crescimento anual de 9% para o período de 2000 a 2018.
Gráfico 1 – Exportações e Importações (bilhões US$) do Brasil com o CPTPP: 2000 – 2018
Fonte: Elaboração própria, com base nos dados do MDIC (2019).
Os principais produtos (SH65) exportados para o CPTPP, em 2018,
foram óleos brutos de petróleo (US$ 2,2 bilhão); minérios de ferro não
aglomerados e seus concentrados (US$ 2,2 bilhão); barcos-faróis, guindas-
tes, docas, barcos utuantes e outras embarcações de navegação (US$ 1,2
bilhão); pedaços e miudezas comestíveis de frangos e galos congelados
(US$ 1,1 bilhão); outros óleos de petróleo e preparações, exceto desper-
dícios (US$ 1,1 bilhão); óxidos de alumínio (US$ 1,1 bilhão); milho (US$
763,4 milhões); açúcares de cana (US$ 627,3 milhões); tortas e outros re-
síduos sólidos da extração do óleo de soja (US$ 577,6 milhões); café não
torrado (US$ 557,5 milhões); e soja (US$ 495,8 milhões). Estes produtos
5. Sistema Harmonizado de Designação
e Codificação de Mercadoria.
15
Elisangela Gela, Daniel Arruda Coronel, Angelo Costa Gurgel Análise das relações comerciais das macrorregiões brasileiras com os países signatários do CPTPP (2018)
representaram cerca de 40,8% (US$ 11,5 bilhão) do total exportado do
Brasil para o CPTPP (MDIC, 2019).
Destaca-se que, entre os países signatários do CPTPP, Chile, Méxi-
co, Japão,Singapura e Canadá foram, em 2018, 5º, 8º, 9º, 11º e 1, respec-
tivamente,em ranking, os principais destinos das exportações brasileiras
(MDIC, 2019). Esses países, ao longo dos anos, tornaram-se importantes
parceiros comerciais ecomicos do Brasil.
Ressalta-se que o Japão – terceira maior economia do mundo, que
perde somente para a China (primeira) e os Estados Unidos (segunda) –
no ano de2018, importou do Brasil cerca de US$ 4,33 bilhão em produtos
como minério de ferro (US$1,17 bilhão), carnes de frango (US$ 709,34
milhões), café (US$ 322,73 milhões), ferro-ligas (US$ 280,72 milhões), soja
(US$ 219,28 milhões), alumínio (US$ 174,71 milhões) e aviões (US$ 117,52
milhões) (MDIC, 2019).
O Chile, em 2018, importou do Brasil cerca de US$ 6,39 bilhões em
produtos como óleo brutos de petróleo (US$ 2,06 bilhões), carnes bovina
e de frango (US$ 466,13 milhões e US$ 74,79 milhões, respectivamente),
automóveis de passageiros e veículos de carga (US$ 370,26 e US$ 311,84,
respectivamente) e demais produtos manufaturados (US$ 204,53 mi-
lhões) (MDIC, 2019). Esses uxos demonstram a imporncia das relações
comerciais internacionais do país com os membros do CPTPP, além de
evidenciar a vocação do Brasil para exportações decommodities.
Quanto às importações (Gráco 1), em 2018, foram importadas do
CPTPP cerca de US$ 22,3 bilhões, representando 12% em relação ao total
das importões brasileiras, registrando uma taxa média de crescimento
anual de 8% para o período de 2000 a 2018.
Os principais produtos (SH6) importados pelo Brasil do CPTPP, em
2018, foram cátodos de cobre renado em formas brutas (US$ 1,2 bilhão);
cloreto de possio para uso como fertilizante (US$ 1,0 bilhão); partes de
aparelhos telefônicos, aparelhos para redes celulares ou redes sem o,
aparelhos para transmissão ou recepção de voz, imagens ou outros da-
dos (US$ 989,9 milhões); hulha betuminosa, não aglomerada (US$ 980,7
milhões); processadores e controladores, mesmo combinados com me-
rias, conversores, circuitos lógicos, amplicadores, circuitos tempori-
zadores e sincronizadores, ou outros circuitos (US$ 713,6 milhões); miné-
rios de cobre e seus concentrados (US$ 712,6 milhões); caixas de marchas
(velocidade) e suas parte (US$ 660,1 milhões); autoveis, passageiros
incluídos veículos de transporte (peruas) e autoveis de corrida, com
motor a diesel alternativo (US$ 615,8 milhões); e óleos leves e preparações
(US$ 569,0 milhões) (MDIC, 2019). Estes produtos representaram cerca de
33,9% (US$ 7,5 bilhões) do total importado pelo Brasil do CPTPP.
Nota-se que a pauta de importação brasileira do CPTPP é carac-
terizada por produtos pririos e de média e alta intensidade tecnoló-
gica, já a pauta de exportação do Brasil para o CPTPP concentra-se em
produtos pririos, em especial produtos agrícolas, e de baixa e alta in-
tensidade tecnogica. Percebe-se que a pauta de exportações do Brasil
para o CPTPP é relativamente diversicada, indicando que a efetivação
do CPTPP pode gerar perda ao Brasil de mercados já conquistados, uma
vez que, acordos de livre comércio tendem a intensicar as trocas comer-
16
estudos internacionais • Belo Horizonte, ISSN 2317-773X, v. 9, n. 3, (set. 2021), p. 7-32
ciais entre os países membros (THORSTENSEN; NOGUEIRA, 2019;
CUNHA, 2018).
Quanto à participação das exportações das macrorregiões brasilei-
ras para o CPTPP, esta é apresentada no Gráco 2. Ao analisar a par-
ticipação das exportações brasileiras por suas macrorregiões brasileiras,
no total exportado do Brasil para o CPTPP, observa-se que, em 2002, as
macrorregiões Sul, Sudeste, Norte, Nordeste e Centro-Oeste exportaram
cerca de 19%, 63%, 9%, 6% e 3%, respectivamente. Já no ano de 2018, esta
participação das exportações foram cerca de 18%, 56%, 9%, 9% e 9%, res-
pectivamente. Observa-se que apenas as macrorregiões Nordeste e Cen-
tro-Oeste apresentaram pequeno aumento, enquanto as demais regiões
apresentaram uma queda, conforme o período analisado.
Gráfico 2 – Participação das exportações das macrorregiões brasileiras (%) para o
CPTPP: 2000-2018
Fonte: Elaboração própria, com base nos dados do MDIC (2019)
A participação das importações das macrorregiões brasileiras para
o CPTPP é exposta no Gráco 3. Analisando a participação das impor-
tações das macrorregiões brasileiras para o CPTPP, em relação ao total
importado do Brasil para esse destino, nota-se que, em 2002, as macrorre-
giões Sul, Sudeste, Norte, e Centro-Oeste importaram cerca de 10%, 61%,
18%, 7% e 5%, respectivamente, do total. Já em 2018, foram importados
cerca de 24%, 53%, 8%, 10% e 5%, respectivamente do total. Nota-se que
as macrorregiões Sul e Nordeste apresentaram aumentos em suas impor-
tações, enquanto as demais regiões tiveram uma queda em sua partici-
pação nas importações brasileiras do CPTPP. Contudo, o Centro-Oeste
manteve, ao longo dos anos, proporcionalmente o mesmo ritmo de im-
portação do CPTPP.
17
Elisangela Gela, Daniel Arruda Coronel, Angelo Costa Gurgel Análise das relações comerciais das macrorregiões brasileiras com os países signatários do CPTPP (2018)
Gráfico 3 – Participação das importações (%) das macrorregiões brasileiras para o
CPTPP: 2000-2018
Fonte: Elaboração própria, com base nos dados do MDIC (2019)
Ainda, identicou-se que o Sudeste é a região que mais importa
do bloco, e, apesar de diminuir suas importações, responde por mais da
metade do total das importações do bloco, visto que é a região mais in-
dustrializada do país e, desta forma, possui uma maior demanda por im-
portações. Jank et al. (2018) apontam que é o aumento de importações
que possibilitará à economia brasileira inserir-se com mais pujança nas
cadeias globais de valor.
Constata-se disparidade entre os uxos das macrorregiões com o
CPTPP, visto que, conforme a estrutura ecomica das macrorregiões,
umas tendem a exportar mais do que outras, e o mesmo ocorre quanto
às importações. Ainda nesta perspectiva, um dos principais fatores res-
ponsáveis por essas diferenças nas exportações entre as macrorregiões é
a estrutura econômica. Por exemplo, nas regiões Sudeste e Sul, os setores
industrial, terciário e agroindustrial continuam concentrados em termos
de domínio da capacidade de investimento (MONTEIRO NETO et al.,
2017). Já o Centro-Oeste concentra sua estrutura na atividade agropecuá-
ria, setor de grande relevância para o comércio exterior brasileiro.
Análise das relações comerciais das macrorregiões brasileiras com os
países signatários do CPTPP: 2018
Depois de expor as disparidades entre os uxos das macrorregiões
com o CPTPP, nesta seção, apresenta-se detalhadamente a análise dos
uxos comerciais (exportações e importações) de cada macrorregião bra-
sileira individual (Sul, Sudeste, Norte, Nordeste e Centro-Oeste) com os
países signatários do CPTPP (Canadá, Chile, Austlia, Brunei, Japão,
Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Cingapura e Vietnã).
18
estudos internacionais • Belo Horizonte, ISSN 2317-773X, v. 9, n. 3, (set. 2021), p. 7-32
Ressalta-se que esta alise é fundamental, visto que apresenta um
retrato das relações comerciais entre o Brasil e os países do CPTPP, bem
como verica os setores em que há uma maior relação de comércio e que
poderão ser os mais impactados com a efetivação do CPTPP.
Caracterização das relações comerciais da macrorregião brasileira Sul
com os países signatários do CPTPP: 2018
A macrorregião Sul exportou, em 2018, US$ 5,0 bilhões em bens e
serviços para países signatários do CPTPP e importou US$ 5,2 bilhões,
o que indica uma relação comercial decitária em US$ 195,2 milhões
(MDIC, 2019).
Na Figura 1, são ilustrados os uxos das relações comerciais (%)
da macrorregião Sul com os países signatários do CPTPP para o ano de
2018. Nesses uxos comerciais, exportação e importação, em 2018, entre
o Sul com os países do CPTPP, identicou-se uma maior relação bilateral
com os países Chile (23% e 28%, respectivamente), México (20% e 27%,
respectivamente) e Japão (17% e 11%, respectivamente).
Figura 1 – Fluxos das relações comerciais (%) da macrorregião Sul com os países
signatários do CPTPP: 2018
Fonte: Elaboração própria, com base nos dados do MDIC (2019)
Destaca-se que o perl de exportação do Sul para o Chile concen-
trou-se nos seguintes produtos (SH6): outras carroçarias para tratores, veí-
culos automóveis para transporte de ao menos 10 passageiros (US$ 93,4
milhões); outras carnes de suíno, congeladas (US$ 64 milhões); tratores
rodoviários para semirreboques (US$ 57,9 milhões); pedaços e miudezas
de frango, congelados US$ (56,2 milhões); e automóveis de passageiros,
19
Elisangela Gela, Daniel Arruda Coronel, Angelo Costa Gurgel Análise das relações comerciais das macrorregiões brasileiras com os países signatários do CPTPP (2018)
incluídos os veículos de uso misto e os automóveis de corrida, com motor
de pistão alternativo, de ignição por centelha, de cilindrada > 1.000 cm e
≤ 1.500 cm (US$ 51,6 milhões) (MDIC, 2019). Enquanto os produtos (SH6)
que o Sul mais importou do Chile foram cátodos de cobre renado e seus
elementos, em formas brutas (US$ 631,9 milhões); salmão-do-atlântico e
salmão-do-danúbio, fresco ou refrigerado (US$ 142,1 milhões); metanol
(álcool metílico) (US$ 85,0 milhões); minérios de molibdênio ustulados e
seus concentrados (US$ 83 milhões); e os de cobre renado, com a maior
dimensão da seção transversal > 6 mm (US$ 71,2 milhões) (MDIC, 2019).
Em relação aos produtos (SH6) mais exportados do Sul para o Mé-
xico, estes foram pedaços e miudezas comestíveis de frango, congelados
(US$ 149,9 milhões); madeira serrada ou fendida longitudinalmente, cor-
tada transversalmente ou desenrolada, mesmo aplainada, lixada ou uni-
da pelas extremidades, de espessura superior a 6 mm, de pinheiro (US$
106,6 milhões); outras madeiras compensadas constituídas por folhas de
madeira, cada uma das quais de espessura não superior a 6 mm (US$
56,2 milhões); outras partes e acessórios para veículos autoveis (US$
47,2 milhões); e compressores para equipamentos frigorícos (US$ 46,8
milhões) (MDIC, 2019).
Enquanto os produtos (SH6) mais importados do Chile pelo Sul
foram autoveis de passageiros, incluídos os veículos de uso misto e os
automóveis de corrida, com motor de pistão alternativo, de ignição por
centelha, de cilindrada > 1.000 cm e ≤ 1.500 cm (US$ 569 milhões); auto-
veis de passageiros, incluídos os veículos de uso misto e os automóveis
de corrida, com motor de pistão alternativo, de ignição por centelha, de
cilindrada > 1.500 cm e ≤ 3.000 cm (US$ 256,2 milhões); zinco não liga-
do, em formas brutas (US$ 70,7 milhões); óleos leves e preparações (US$
36,1 milhões); e outros barcos e embarcações de recreio ou de esporte,
barcos a remo e canoas (US$ 29,5 milhões) (MDIC, 2019).
No que tange aos produtos (SH6) mais exportados da macrorre-
gião do Sul para o Japão, constam pedaços e miudezas de frango, con-
gelados (US$ 563,4 milhões); madeira de não coníferas, em estilhas ou
em partículas (US$ 49,1 milhões); extratos, essências e concentrados de
café (US$ 42,2 milhões); tortas e outros resíduos sólidos da extração do
óleo de soja (US$ 39,3 milhões); e pasta química de madeira de não co-
nífera, soda ou sulfato (US$ 28,1 milhões) (MDIC, 2019). Por sua vez, os
produtos (SH6) mais importados do Japão pela macrorregião Sul foram
centros de usinagem para trabalhar metais (US$ 64,3 milhões); pneus
novos de borracha dos tipos utilizados em ônibus ou caminhões (US$
37,9 milhões); partes e acessórios de impressoras ou traçadores grácos
(plotters), copiadoras e telecopiadoras (US$ 15,8 milhões); outras partes
de rolamentos (US$ 14,4 milhões); motores e geradores elétricos (US$
13 milhões) (MDIC, 2019).
Com esses uxos, pode-se constatar que a pauta de exportões do
Sul para o Chile foi caracterizada por produtos de alta intensidade tecno-
gica e de produtos pririos. Do Sul para o México, a pauta de expor-
tações concentrou-se em produtos primários e de média-alta intensidade
tecnológica. E do Sul para o Japão concentraram-se em produtos primá-
rios, em especial produtos agropecrios.
20
estudos internacionais • Belo Horizonte, ISSN 2317-773X, v. 9, n. 3, (set. 2021), p. 7-32
Quanto à pauta de importação, o Sul concentrou suas importações
do Chile em produtos pririos. Já em relação ao México, concentraram-
-se em produtos de baixa-média e alta intensidade tecnológica e pririos.
Para o Japão, concentraram-se em alta intensidade tecnológica.
Caracterização das relações comerciais da macrorregião brasileira
Sudeste com os países signatários do CPTPP: 2018
O Sudeste exportou, em 2018, US$ 15,7 bilhões em bens e serviços
para países signatários do CPTPP, e importou US$ 11,9 bilhões, o que
indica uma relação comercial superavitária em US$ 3,7 bilhões (MDIC,
2019).
Na Figura 2, são ilustrados os uxos das relações comerciais (%) da
macrorregião Sudeste com os países signatários do CPTPP para o ano
de 2018. Nesses uxos comerciais, exportação e importação, do Sudeste
com os países do CPTPP, identicou-se relação bilateral com os seguintes
países: Chile (28% e 10%, respectivamente), México (17% e 22%, respecti-
vamente) e Japão (14% e 24%, respectivamente).
Figura 2 – Fluxos das relações comerciais (%) da macroregião Sudeste com os países
signatários do CPTPP: 2018
Fonte: Elaboração própria, com base nos dados do MDIC (2019)
Destaca-se que, em 2018, os produtos (SH6) mais exportados do Su-
deste para o Chile foram óleos brutos de petróleo ou de minerais betu-
minosos (US$ 2 bilhões); automóveis de passageiros, incluídos os veículos
de uso misto (station wagons) e os automóveis de corrida, com motor de
pistão alternativo, de ignição por centelha, de cilindrada > 1.500 cm e ≤
3.000 cm (US$ 165,1 milhões); veículos automóveis para transporte de
21
Elisangela Gela, Daniel Arruda Coronel, Angelo Costa Gurgel Análise das relações comerciais das macrorregiões brasileiras com os países signatários do CPTPP (2018)
mercadorias, com motor de pistão, de ignição por compressão, de peso em
carga máxima > 20t (US$ 99,1 milhões); chassis com motor para veículos
automóveis (US$ 98,5 milhões); veículos automóveis para transporte de
mercadorias, com motor de pistão, de ignição por compressão, de peso
em carga máxima > 5t e ≤ 20 t (US$ 95,1 milhões); tratores rodoviários
para semirreboques (US$ 91,3 milhões); e aviões e outros veículos aéreos,
de peso > 2.000kg e ≤15.000kg, vazios (US$ 65,3 milhões) (MDIC, 2019).
Por sua vez, os produtos (SH6) mais importados do Chile pelo Su-
deste foram salmão-do-atlântico e salmão-do-danúbio, fresco ou refrige-
rado (US$ 354,2 milhões); cátodos de cobre renado e seus elementos, em
formas brutas (US$ 313,9 milhões); outros vinhos; mostos de uvas, cuja
fermentação tenha sido impedida por adição de álcool, em recipientes
com capacidade ≤ 2L (US$ 90,5 milhões); e metanol (álcool metílico) (US$
48,1 milhões) (MDIC, 2019).
Os produtos (SH6) mais exportados do Sudeste para o México fo-
ram motores de pistão alternativo, de ignição por centelha (US$ 386,5 mi-
lhões); veículos autoveis para transporte de mercadorias, com motor
de pistão, de ignição por centelha, de peso em carga máxima ≤ 5t (US$
202,2 milhões); minérios de ferro não aglomerados e seus concentrados
(US$ 100,2 milhões); motores de pistão, de ignição por compressão, diesel
ou semi-diesel, utilizados para propulsão de veículos (US$ 99,2 milhões);
automóveis de passageiros, incluídos os veículos de uso misto e os auto-
veis de corrida (US$ 81,9 milhões) (MDIC, 2019). Já os produtos (SH6)
mais importados do México pelo Sudeste foram veículos automóveis para
transporte de mercadorias, com motor de pistão, de ignição por compres-
são, de peso em carga máxima ≤ 5t (US$ 236,5 milhões); outras partes e
acessórios de carroçarias (incluídas as cabinas) para veículos automóveis
das posições 8701 a 8705 (US$ 98,3 milhões); automóveis de passageiros,
incluídos os veículos de uso misto e os automóveis de corrida, com mo-
tor de pistão alternativo, de ignição por centelha, de cilindrada > 1.500
cm e ≤ 3.000 cm (US$ 91,1 milhões); e aparelhos de recepção, conversão
e transmissão ou regeneração de voz, imagens ou outros dados, incluin-
do os aparelhos de comutação e roteamento (US$ 88,1 milhões) (MDIC,
2019).
Os produtos (SH6) mais exportados do Sudeste para o Japão foram
minérios de ferro aglomerados e seus concentrados (US$ 414,4 milhões),
minérios de ferro não aglomerados e seus concentrados (US$ 351,0 mi-
lhões); café não torrado, não descafeinado (US$ 305,7 milhões); ferronió-
bio (US$ 167,9 milhões); aviões e outros veículos aéreos, de peso >15.000
kg (US$ 155 milhões); e pasta química de madeira de não conífera, à soda
ou sulfato (US$ 123,6 milhões) (MDIC, 2019). E os produtos (SH6) mais
importados do Japão pelo Sudeste foram caixas de marchas (velocidade)
e suas partes, para veículos automóveis das posições 8701 a 8705 (US$
314,6 milhões); plataformas de perfuração ou de exploração, utuantes
ou submersíveis (US$ 102,4 milhões); outras partes exclusiva ou princi-
palmente destinadas aos motores de pistão, de ignição por centelha (US$
87,4 milhões); e outros ácidos nucleicos e seus sais e outros compostos he-
terocíclicos (US$ 81,6 milhões); e automóveis de passageiros, incluídos os
veículos de uso misto e os automóveis de corrida, com motor de pistão
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estudos internacionais • Belo Horizonte, ISSN 2317-773X, v. 9, n. 3, (set. 2021), p. 7-32
alternativo, de ignição por centelha, de cilindrada > 1.500 cm e ≤3.000
cm (US$ 80,4 milhões) (MDIC, 2019).
Identicou-se que a pauta de exportações do Sul para o Chile é ca-
racterizada por produtos de alta intensidade tecnológica e de produtos
primários. Já para o México, a pauta de exportações concentrou-se em
produtos de alta intensidade tecnológica. Em relação ao Japão, concen-
traram-se em produtos pririos, em especial produtos agropecuários.
Quanto às importações, a pauta para o Chile concentrou-se em produtos
primários (não industriais). Em relação ao México, as importações con-
centraram-se em produtos de alta intensidade tecnológica. E do Japão,
concentraram-se em alta intensidade tecnológica.
Convém destacar que Singapura foi o destino de 16% das exporta-
ções do Sudeste. Os principais produtos exportados foram barcos-faróis,
guindastes, docas, diques utuantes e outras embarcações em que a na-
vegação é acessória da função principal (US$ 1,2 bilhões); outros óleos de
petróleo ou de minerais betuminosos e preparações, exceto desperdícios
(US$ 652,3 milhões); ferronióbio (US$ 184,6 milhões); e partes de turbor-
reatores ou de turbopropulsores (US$ 143,9 milhões) (MDIC, 2019). Sin-
gapura, Chile, México e Japão, juntos, em 2018, corresponderam por mais
de 75% do total das exportações do Sudeste.
Caracterização das relações comerciais da macrorregião brasileira
Norte com os países signatários do CPTPP: 2018
A macrorregião Norte exportou, em 2018, US$ 2,4 bilhão em bens
e serviços para países signatários do CPTPP, e importou US$ 1,8 bilhão,
o que indica uma relação comercial superavitária em US$ 542,5 milhões
(MDIC, 2019).
Na Figura 3, são ilustrados os uxos das relações comerciais (%) da
macrorregião Norte com os países signatários do CPTPP para o ano de
2018. Nesses uxos comerciais, exportação e importação do Norte com
os países do CPTPP, identicou-se que os principais parceiros comerciais
foram o Japão (30% e 24%, respectivamente, exportação e importação) e
a Malásia (31% e 17%, respectivamente, exportação e importação).
23
Elisangela Gela, Daniel Arruda Coronel, Angelo Costa Gurgel Análise das relações comerciais das macrorregiões brasileiras com os países signatários do CPTPP (2018)
Figura 3 – Fluxos das relações comerciais (%) da macroregião Norte com os países
signatários do CPTPP: 2018
Fonte: Elaboração própria, com base nos dados do MDIC (2019)
Destaca-se que os produtos (SH6) mais exportados do Norte para
o Japão, neste período, foram minérios de ferro não aglomerados e seus
concentrados (US$ 394 milhões); alumínio não ligado em forma bruta
(US$ 174,7 milhões); hidróxido de alumínio (US$ 68,6 milhões); soja, mes-
mo triturada, exceto para semeadura (US$ 34 milhões); e madeira de não
coníferas, em estilhas ou em partículas (US$ 30,9 milhões) (MDIC, 2019).
E os produtos (SH6) mais importados do Japão pelo Norte foram partes
e acessórios de motocicletas (inclusive ciclomotores) (US$ 63,5 milhões);
outras partes exclusiva ou principalmente destinadas aos motores de pis-
tão, de ignição por centelha (US$ 25,8 milhões); laminados planos, de fer-
ro ou aços não ligados, de largura ≥ 600 mm, revestidos de óxido de cro-
mo ou de cromo e óxido de cromos (US$ 16,2 milhões); e outros circuitos
integrados eletrônicos (US$ 15,5 milhões) (MDIC, 2019). Nota-se que os
produtos exportados do Norte para o Japão concentram-se em produtos
primários (não industriais), enquanto as importações concentram-se em
produtos de baixa, média-alta e alta intensidade tecnogica.
Quanto aos principais produtos (SH6) mais exportados do Norte
para a Malásia, foram minérios de ferro não aglomerados e seus concen-
trados (US$ 723,8 milhões); minérios de estanho e seus concentrados (US$
21,3 milhões); e outras peças de bovino, não desossadas, congeladas (US$
1,1 milhões). E os produtos (SH6) mais importados da Masia pelo Norte
foram processadores e controladores, mesmo combinados com memó-
rias, conversores, circuitos lógicos, amplicadores, circuitos temporiza-
dores e de sincronização (US$ 102,6 milhões); outras partes destinadas
aos aparelhos das posões 8525 a 8528 (US$ 64 milhões); partes e acessó-
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estudos internacionais • Belo Horizonte, ISSN 2317-773X, v. 9, n. 3, (set. 2021), p. 7-32
rios para máquinas automáticas de processamento de dados e outras má-
quinas da posição 8471 (US$ 62,2 milhões); e outros circuitos integrados
eletrônicos (US$ 20,3 milhões) (MDIC, 2019). Verica-se que os produtos
exportados do Norte para a Malásia concentram-se em produtos primá-
rios (não industriais), enquanto as importações concentram-se em produ-
tos de alta intensidade tecnológica.
Ainda o Canadá está entre os principais destinos de exportações
da macrorregião Norte, direcionando 20% do seu total exportado. Os
principais produtos (SH6) exportados foram óxidos de alumínio, exceto
corindo articial (US$ 320,6 milhões); minérios de alumínio e seus con-
centrados (US$ 88,2 milhões); caulim e outras argilas caulínicas, mesmo
calcinadas (US$ 31 milhões); ouro (incluído o ouro platinado) em outras
formas semimanufaturadas para usos não monetários (US$ 13,5 milhões);
e minérios de ferro não aglomerados e seus concentrados (US$ 6,5 mi-
lhões) (MDIC, 2019). Assim, Canadá, Japão e Masia, juntos, em 2018,
corresponderam por mais de 80% do total das exportações do Norte.
A Região Norte importou do Vietnã cerca de 40% do total das im-
portações da macrorregião. Os produtos (SH6) mais importados do Viet-
nã pelo Norte foram partes de aparelhos telefônicos, telefones para redes
celulares ou redes sem o, aparelhos de transmissão ou recepção de voz,
imagens ou outros dados (US$ 420,1 milhões); outras partes destinadas
aos aparelhos das posões 8525 a 8528 (US$ 107,3 milhões); processadores
e controladores, mesmo combinados com memórias, conversores, circui-
tos lógicos, amplicadores, circuitos temporizadores e de sincronização,
ou outros circuitos (US$ 28,5 milhões); acumuladores elétricos de íon de
lítio (US$ 28,4 milhões); e partes e acessórios de motocicletas (inclusive
ciclomotores) (US$ 26,2 milhões) (MDIC, 2019). Vietnã, Japão e a Malásia,
juntos, em 2018, corresponderam por mais de 80% do total das importa-
ções do Norte.
Caracterização das relações comerciais da macrorregião brasileira
Nordeste com os países signatários do CPTPP: 2018
A macrorregião Nordeste exportou, em 2018, US$ 2,5 bilhões em
bens e servos para países signatários do CPTPP, e importou US$ 2,2
bilhões, o que indica uma relação comercial superavitária em US$ 336,4
milhões (MDIC, 2019).
Na Figura 4, são ilustrados os uxos das relações comerciais (%) da
macrorregião Nordeste com os países signatários do CPTPP para o ano
de 2018.
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Elisangela Gela, Daniel Arruda Coronel, Angelo Costa Gurgel Análise das relações comerciais das macrorregiões brasileiras com os países signatários do CPTPP (2018)
Figura 4 – Fluxos das relações comerciais (%) da macroregião Nordeste com os
países signatários do CPTPP: 2018
Fonte: Elaboração própria, com base nos dados do MDIC (2019)
Nesses uxos comerciais, exportação e importação do Nordeste
com os países do CPTPP, identicou-se que os parceiros comerciais fo-
ram o Canadá (47% e 12%, respectivamente, exportação e importação) e
México (15% e 31%, respectivamente, exportação e importação).
Os produtos (SH6) mais exportados do Nordeste para o Canadá fo-
ram óxidos de alumínio, exceto corindo articial (US$ 796,8 milhões);
resíduos e desperdícios de prata ou de metais folheados ou chapeados
de prata (US$ 93,6 milhões); outros açúcares de cana (US$ 75,9 milhões);
óxidos e hidróxidos de vanádio (US$ 54,4 milhões); outros produtos se-
mimanufaturados, de ferro ou aços, não ligados, contendo em peso <
0,25% de carbono, de seção transversal retangulares (US$ 48,1 milhões);
e ouro - incluído o ouro platinado - em outras formas brutas, para usos
não monetários (US$ 47,9 milhões) (MDIC, 2019). Os principais produ-
tos (SH6) importados do Canadá pelo Nordeste foram cloreto de potássio
para uso como fertilizante (US$ 77,4 milhões); outros óleos de petróleo
ou de minerais betuminosos e preparações, exceto desperdícios (US$ 44,9
milhões); outros trigos e misturas de trigo com centeio, exceto para se-
meadura (US$ 43,0 milhões); hulha betuminosa, não aglomerada (US$
23,3 milhões); e p-Xileno (US$ 16,7 milhões) (MDIC, 2019).
Os principais produtos (SH6) exportados do Nordeste para o Mé-
xico foram outros produtos semimanufaturados, de ferro ou aços, não
ligados, contendo em peso < 0,25% de carbono (US$ 118,8 milhões); acri-
lonitrila (US$ 52,7 milhões); poli, de um índice de viscosidade de 78 ml/g
ou mais (US$ 34,2 milhões); buta-1, 3-dieno e isopreno não saturados (US$
30,3 milhões); ésteres do ácido metacrílico (US$ 29,9 milhões); automó-
26
estudos internacionais • Belo Horizonte, ISSN 2317-773X, v. 9, n. 3, (set. 2021), p. 7-32
veis de passageiros, incluídos os veículos de uso misto e os automóveis
de corrida, com motor de pistão alternativo (US$ 27,1 milhões) (MDIC,
2019). Os principais produtos (SH6) importados do México pelo Nordeste
foram autoveis de passageiros, incluídos os veículos de uso misto e
os automóveis de corrida, com motor de pistão alternativo (US$ 79,1 mi-
lhões); motores de pistão alternativo, de ignição por centelha (US$ 64,2
milhões); ácido tereflico e seus sais (US$ 61,9 milhões); grata articial
(US$ 51 milhões); caixas de marchas (velocidade) e suas partes, para veí-
culos automóveis das posições 8701 a 8705 (US$ 49,4 milhões) (MDIC,
2019).
Destaca-se que os uxos comerciais do Nordeste para o Canadá
concentram-se em produtos primários de baixa intensidade tecnológica,
média-baixa e média-alta intensidade tecnológica. Já os uxos comerciais
do Nordeste para o México concentraram-se em produtos de média-alta
intensidade tecnológica.
Além do Canadá e do México, em 2018, destacam-se os países Peru
e Chile como os principais países exportadores de bens e serviços para
o Nordeste. Os principais produtos (SH6) importados pelo Nordeste do
Peru foram minérios de cobre e seus concentrados (US$ 391 milhões);
fosfatos de cálcio naturais, fosfatos alumino cálcicos naturais, cré-fosfa-
tado, não moídos (US$ 10,9 milhões); e óleos leves e preparações (US$
10,8 milhões). E os principais produtos (SH6) importados do Chile foram
minérios de cobre e seus concentrados (US$ 321,5 milhões), cloreto de po-
ssio para uso como fertilizante (US$ 21,8 milhões); cobre não renado
(anado) e ânodos de cobre para renação (anação) eletrolítica (US$ 18,2
milhões); e outros adubos ou fertilizantes minerais ou químicos (US$ 14,3
milhões) (MDIC, 2019).
Singapura foi destino de 16% das exportações do Nordeste. Os prin-
cipais produtos exportados foram outros óleos de petróleo ou de mine-
rais betuminosos e preparações, exceto desperdícios (US$ 385,8 milhões);
algodão, não cardado nem penteado (US$ 5,5 milhões); o-Xileno (US$
2,9 milhões); e outros calçados de borracha ou plástico (US$ 2 milhões)
(MDIC, 2019). Singapura, Canadá e do México, juntos, em 2018, respon-
deram por mais de 78% do total das exportações do Nordeste.
Caracterização das relações comerciais da macrorregião brasileira
Centro-Oeste com os países signatários do CPTPP: 2018
sA macrorregião Centro-Oeste exportou, em 2018, US$ 2,4 bilhões
em bens e servos para países signatários do CPTPP, e importou US$
1 bilhão, o que indica uma relação comercial superavitária em US$ 1,4
bilhões (MDIC, 2019).
Na Figura 5, são ilustrados os uxos das relações comerciais (%) da
macrorregião Centro-Oeste com os países signatários do CPTPP para o
ano de 2018. Nesses uxos comerciais, exportação e importação do Cen-
tro-Oeste com os países do CPTPP, identicou-se relação bilateral com
os países Japão (15% e 26%, respectivamente, exportação e importação) e
Chile (13% e 20%, respectivamente, exportação e importação).
27
Elisangela Gela, Daniel Arruda Coronel, Angelo Costa Gurgel Análise das relações comerciais das macrorregiões brasileiras com os países signatários do CPTPP (2018)
Figura 5 – Fluxos das relações comerciais (%) da macroregião Centro-Oeste com os
países signatários do CPTPP: 2018
Fonte: Elaboração própria, com base nos dados do MDIC (2019)
Os principais produtos (SH6) exportados do Centro-Oeste para o
Japão foram soja, mesmo triturada, exceto para semeadura (US$ 115 mi-
lhões); pedaços e miudezas comestíveis de galos e galinhas da espécie
doméstica, congelados (US$ 99 milhões); tortas e outros resíduos sólidos
da extração do óleo de soja (US$ 63,7 milhões); milho, exceto para se-
meadura (US$ 38,9 milhões); pasta química de madeira de não conífera,
à soda ou sulfato, semibranqueada ou branqueada (US$ 10,8 milhões);
e algodão, não cardado nem penteado (US$ 8,2 milhões) (MDIC, 2019).
E os principais produtos (SH6) importados pelo Centro-Oeste do Japão
foram autoveis de passageiros, incluídos os veículos de uso misto e
os automóveis de corrida, com motor de pistão alternativo, de ignição
por centelha, de cilindrada > 1.500 cm e ≤ 3.000 cm (US$ 38,2 milhões);
produtos imunológicos, apresentados em doses ou acondicionados para
venda a retalho (US$ 37,5 milhões); automóveis de passageiros, incluídos
os veículos de uso misto e os automóveis de corrida, com motor de
pistão, de ignição por compressão, de cilindrada > 2.500 cm (US$ 20,7
milhões); e outras partes e acessórios de carroçarias (incluídas as cabinas)
para veículos automóveis (US$ 17,8 milhões) (MDIC, 2019). Nota-se que
os produtos exportados do Centro-Oeste para o Japão concentram-se em
produtos agrícolas. As importações, por sua vez, concentram-se em veí-
culos automóveis e seus acessórios.
Os principais produtos (SH6) exportados do Centro-Oeste para o
Chile foram carnes de bovino, desossadas, frescas ou refrigeradas (US$
246,8 milhões); carnes de bovino, desossadas, congeladas (US$ 44,9 mi-
lhões); e tortas e outros resíduos sólidos da extração do óleo de soja (US$
28
estudos internacionais • Belo Horizonte, ISSN 2317-773X, v. 9, n. 3, (set. 2021), p. 7-32
20,5 milhões). Já os principais produtos (SH6) importados do Chile pelo
Centro-Oeste foram cátodos de cobre renado e seus elementos, em for-
mas brutas (US$ 106,5 milhões); metanol (álcool metílico) (US$ 28,4 mi-
lhões); cloreto de potássio para uso como fertilizante (US$ 26 milhões); e
folhas e tiras de alumínio, de espessura ≤ 0,2 mm, com suporte (US$ 20,6
milhões) (MDIC, 2019). Identica-se que os produtos exportados do Cen-
tro-Oeste para o Chile concentram-se em produtos agrícolas, enquanto
as importações concentram-se em produtos de média-baixa e média-alta
intensidade tecnológica.
Em 2018, o Vietnã foi destino de 44% das exportações do Centro-
-Oeste, e a Malásia 13% do total exportado da macrorregião. Os principais
produtos exportados para o Vietnã foram milho, exceto para semeadura
(US$ 453,9 milhões); tortas e outros resíduos sólidos da extração do óleo
de soja (US$ 306,5 milhões); algodão, não cardado nem penteado (US$
178,2 milhões); e soja, mesmo triturada, exceto para semeadura (US$ 65,1
milhões). Já os principais produtos exportados para o Malásia foram mi-
lho, exceto para semeadura (US$ 193,9 milhões); algodão, não cardado
nem penteado (US$ 67,9 milhões); outros açúcares de cana (US$ 23,4 mi-
lhões); pedaços e miudezas comestíveis de frango, congelados (US$ 11,7
milhões); carnes de bovino, desossadas, congeladas (US$ 10,5 milhões); e
soja, mesmo triturada, exceto para semeadura (US$ 6,1 milhões) (MDIC,
2019). Assim, Vietnã, Malásia, Japão e Chile, juntos, em 2018, correspon-
deram por mais de 85% do total das exportações do Centro-Oeste.
Convém destacar que o Centro-Oeste importa cerca de 40% do
Canadá, enquanto exporta para o mesmo país 3% em relação ao total ex-
portado da macrorregião. Os principais produtos importados do Canadá
foram cloreto de potássio para uso como fertilizante (US$ 380,8 milhões);
outros medicamentos contendo produtos misturados, para ns terapêu-
ticos ou proláticos, em doses, para venda a retalho (US$ 13,7 milhões);
e outras máquinas de costura, unidades automáticas (US$ 1,8 milhões)
(MDIC, 2019).
Síntese dos fluxos comerciais das macrorregiões brasileiras com os
países signatários do CPTPP
Identicou-se que cada macrorregião brasileira atua de forma dife-
rente na dimica do comércio internacional, exportando e importando
diferentes produtos de bens e serviços com o CPTPP. Assim, apresenta-se
os países com maiores relações comerciais com as macrorregiões brasi-
leiras, considerando os produtos mais exportados e importados para o
período de 2018 (Quadro 1).
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Elisangela Gela, Daniel Arruda Coronel, Angelo Costa Gurgel Análise das relações comerciais das macrorregiões brasileiras com os países signatários do CPTPP (2018)
Quadro 1 – Principais produtos exportados e importados entre os países do CPTPP e
as macrorregiões brasileiras: 2018
Macrorregiões e Países
do CPTPP
Principais Produtos Exportados pelas macrorregiões
para os países do CPTPP %Principais Produtos Importados pelas macrorregiões
dos países do CPTPP %
Sul
Chile Veículos e automóveis; tratores e carnes de suíno e
frango. 23% Cobre; salmão-do-atlântico e salmão-do-danúbio;
metanol e minérios. 28%
México Carnes frango; madeiras; e acessórios para veículos
automóveis. 20% Veículos automóveis; zinco bruto; óleos leves; e barcos. 27%
Japão
Carnes de frango; madeira; extratos, essências e
concentrados de café; óleo de soja; e pasta química
de madeira.
17%
Centros de usinagem; pneus para ônibus/caminhões;
acessórios de informática; e motores e geradores
elétricos
11%
Sudeste
Chile Óleos brutos de petróleo; automóveis de transporte
de mercadorias e passageiros; tratores; e aviões. 28% Salmão-do-atlântico e salmão-do-danúbio; cobre;
vinhos; e metanol. 10%
México Motores; veículos automóveis para transporte de
mercadorias e de passageiros. 17%
Veículos automóveis para transporte de mercadorias;
acessórios veículos automóveis; e aparelhos e acessó-
rios eletrônico.
22%
Japão Minérios de ferro; café; ferronióbio; aviões; e pasta
química de madeira. 14%
Acessórios veículos automóveis; plataformas de
perfuração/exploração; ácidos nucleicos; automóveis de
passageiros.
24%
Singapura Barcos; óleos de petróleo; ferronióbio; e partes de
turborreatores. 16% - 4%
Norte
Japão Minérios de ferro; alumínio; soja; e madeira. 30% Partes e acessórios de motocicletas; motores de pistão;
laminados de ferro/aços; e eletrônicos. 24%
Malásia Minérios de ferro; e carnes de bovino. 31% Eletrônicos; acessórios de informática; e software. 17%
Canadá Óxidos de alumínio; e minérios de alumínio. 20% - 3%
Vietnã - 2% Aparelhos telefônicos; acessórios eletrônicos; e acessó-
rios de motocicletas 40%
Nordeste
Canadá Óxidos de alumínio; prata; açúcares de cana; produ-
tos semimanufaturados, de ferro/aços; e ouro. 47% Cloreto de potássio (uso como fertilizante); óleos de
petróleo; e trigos; hulha betuminosa (carvão vegetal). 12%
México Semimanufaturados de ferro/aço; produtos químicos;
e automóveis de passageiros. 15% Automóveis de passageiros; motores; acessórios de
veículos automóveis; e grafita. 31%
Peru - 4% Cobre; fosfatos de cálcio; e óleos leves. 19%
Chile - 9% Cobre; cloreto de potássio (uso como fertilizante); e
outros fertilizantes. 19%
Singapura Óleos de petróleo; algodão; e outros calçados de
borracha ou plástico. 16% - 1%
Centro-
Oeste
Japão Soja; óleo de soja; carnes de frango; pasta química
de madeira; e algodão. 15% Veículos automóveis de passageiros; e acessórios para
veículos automóveis. 26%
Chile Carnes de bovino; e óleo de soja. 13% Cobre; metanol; cloreto de potássio (uso como fertilizan-
te); e alumínio. 20%
Vietnã Milho; óleo de soja; algodão; e soja. 44% - 1%
Malásia Milho; algodão; soja; açúcares de cana; carnes de
frango e carnes de bovino. 13% - 0%
Canadá - 3%
Cloreto de potássio (uso como fertilizante); medicamen-
tos (uso terapêuticos ou profiláticos); e máquinas de
costura.
40%
Fonte: Elaboração própria, com base nos dados do MDIC (2019). Nota: % = em relação
ao total
As macrorregiões mantêm importantes relações comerciais com os
países Chile, México e Japão, signatários do CPTPP. Destaca-se que esses
países são parceiros comerciais ecomicos do Brasil. Em 2018, Chile,
México e Japão foram os 5º, 8º e 9º, respectivamente,no ranking de desti-
nos das exportações brasileiras, como já destacado (MDIC, 2019).
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estudos internacionais • Belo Horizonte, ISSN 2317-773X, v. 9, n. 3, (set. 2021), p. 7-32
O Chile já possui acordos de livre comércio com todos os países
do CPTPP. Conforme Thorstensen e Nogueira (2019, p.22), este fato
tende a diminuir o impacto da vigência do CPTPP para terceiros, uma
vez que os possíveis desvios de comércio já decorreram dos acordos
anteriores do país andino. Contudo, como a pauta das exportações das
macrorregiões Sul e Sudeste concentra-se em média-alta e alta inten-
sidade tecnológica, além dos produtos agropecuários, o acordo pode
levar a uma redução nas exportações destes produtos, que possuem um
alto valor agregado.
Destaca-se a imporncia do setor do agronegócio brasileiro. Todas
as macrorregiões possuem, em sua pauta de exportação, algum produto
agropecrio. Neste sentido, a macrorregião do Centro-oeste se destaca,
uma vez que os principais produtos exportados foram soja; óleo de soja;
carnes de frango e bovino; algodão; milho; e açúcares de cana. O Vietnã,
em 2018, foi destino de 44% das exportações do Centro-Oeste do total
exportado da macrorregião, concentrando-se em produtos de bens e ser-
vos agrícolas.
A macrorregião do Sudeste é a que mais importa e exporta para
os países do CPTPP. Seus uxos comerciais concentram-se nas relações
bilaterais com o Chile, México e Japão. A pauta exportadora do Sudeste,
em 2018, é caracterizada por produtos de alta intensidade tecnogica e de
produtos pririos. Já as importações concentraram-se em produtos de
média-alta e alta intensidade tecnológica, importados do México e Japão e
produtos pririos de baixa intensidade tecnológica do Chile. Destaca-se
que as exportações e importações do Sudeste são mais intensivas em mé-
dia-alta e alta tecnologia, dado ao seu grande número de indústrias que
nesta região estão instaladas (FILHO; RAIHER, 2018).
A partir do exposto sobre as relações comerciais entre as macrorre-
giões brasileiras com os países do CPTPP, é possível inferir que a efetiva-
ção do CPTPP impactará de maneira direta e indireta o Brasil, o qual tem
países signatários do CPTPP como parceiros comerciais e importantes
destinos de suas exportações, deixando o Brasil que está fora deste acordo
em desvantagem competitiva. Além disso, a efetivação do CPTPP gera
elevadas perdas de oportunidades comerciais para o Brasil como um todo
e para o setor do agronegócio (CUNHA, 2018).
Considerações finais
Buscando contribuir para a melhor inserção do Brasil no comércio
internacional, o presente estudo teve como objetivo analisar as relações
comerciais das macrorregiões brasileiras com os países signatários do CP-
TPP. Deste modo, os resultados, a partir dos uxos comerciais entre Bra-
sil e CPTPP, revelaram que cada macrorregião brasileira atua de forma
própria na dimica do comércio internacional, exportando e importan-
do diferentes produtos de bens e servos com o CPTPP, inuenciando no
crescimento de suas economias. Em relação aos onze países signatários
do CPTPP em que as macrorregiões brasileiras apresentaram importan-
tes uxos comerciais, identicou-se Chile, México, Japão, Masia, Peru,
Viet, Singapura e Canadá.
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Elisangela Gela, Daniel Arruda Coronel, Angelo Costa Gurgel Análise das relações comerciais das macrorregiões brasileiras com os países signatários do CPTPP (2018)
O Sudeste se destacou como macrorregião com maiores uxos co-
merciais com os países do CPTPP, intensivos em média-alta e alta tecno-
logia, respondendo por mais da metade do total exportado do Brasil ao
bloco. Isso ocorre, pois é a região mais industrializada do país e, deste
modo, será possivelmente a macrorregião que apresentará maiores per-
das nas exportações com a formação do CPTPP.
Destaca-se a imporncia do setor do agronegócio brasileiro, uma
vez que se identicou que todas as macrorregiões possuem, em sua pauta
de exportação, produtos agropecuários, sendo o Centro-Oeste a macror-
região maior produtora e exportadora destas commodities aos países do
CPTPP. Isso sinaliza que, com a efetivação do CPTPP, o setor poderá
perder mercado para os países concorrentes signatários do acordo.
Ainda, constatou-se, com a análise de distribuição espacial dos u-
xos de exportação e importação entre as macrorregiões brasileiras com
os países do CPTPP, que a sua formação impactará de maneira direta e
indireta o Brasil, visto que as macrorregiões brasileiras possuem signi-
cativas relações comerciais com os países signatários do CPTPP, que se
conguram como importantes parceiros comerciais.
A teoria de integração internacional discute os importantes benefí-
cios e acesso de mercado que podem ocorrer aos países participarem de
APCs bem como as desvantagens competitivas para os países que estão
fora destes acordos. Assim, com a efetivação do CPTPP, é esperado que
os países que estão fora de tal acordo possam apresentar perdas nos volu-
mes de suas exportações, as quais serão deslocadas por bens produzidos
no interior do acordo. Evidencia-se, então, a importância do Brasil não se
isolar destes APCs para não perder os mercados já conquistados e novas
oportunidades.
Conclui-se que, se o Brasil apenas mantiver vínculo comercial com
os países do CPTPP, o país poderá car vulnerável à dinâmica do comér-
cio internacional, correndo riscos de fácil substituição por um país concor-
rente. Desta forma, sugere-se que sejam projetadas políticas econômicas
brasileiras que possam direcionar as relões à liberalização comercial,
seja via aproximação com o CPTPP ou via acordos bilaterais com os seus
países signatários. Recomenda-se, então, elaborações de mais estudos vol-
tados às relações comerciais do Brasil com novos parceiros internacionais.
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