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Elisangela Gela, Daniel Arruda Coronel, Angelo Costa Gurgel Análise das relações comerciais das macrorregiões brasileiras com os países signatários do CPTPP (2018)
representaram cerca de 40,8% (US$ 11,5 bilhão) do total exportado do
Brasil para o CPTPP (MDIC, 2019).
Destaca-se que, entre os países signatários do CPTPP, Chile, Méxi-
co, Japão,Singapura e Canadá foram, em 2018, 5º, 8º, 9º, 11º e 14º, respec-
tivamente,em ranking, os principais destinos das exportações brasileiras
(MDIC, 2019). Esses países, ao longo dos anos, tornaram-se importantes
parceiros comerciais econômicos do Brasil.
Ressalta-se que o Japão – terceira maior economia do mundo, que
perde somente para a China (primeira) e os Estados Unidos (segunda) –
no ano de2018, importou do Brasil cerca de US$ 4,33 bilhão em produtos
como minério de ferro (US$1,17 bilhão), carnes de frango (US$ 709,34
milhões), café (US$ 322,73 milhões), ferro-ligas (US$ 280,72 milhões), soja
(US$ 219,28 milhões), alumínio (US$ 174,71 milhões) e aviões (US$ 117,52
milhões) (MDIC, 2019).
O Chile, em 2018, importou do Brasil cerca de US$ 6,39 bilhões em
produtos como óleo brutos de petróleo (US$ 2,06 bilhões), carnes bovina
e de frango (US$ 466,13 milhões e US$ 74,79 milhões, respectivamente),
automóveis de passageiros e veículos de carga (US$ 370,26 e US$ 311,84,
respectivamente) e demais produtos manufaturados (US$ 204,53 mi-
lhões) (MDIC, 2019). Esses uxos demonstram a importância das relações
comerciais internacionais do país com os membros do CPTPP, além de
evidenciar a vocação do Brasil para exportações decommodities.
Quanto às importações (Gráco 1), em 2018, foram importadas do
CPTPP cerca de US$ 22,3 bilhões, representando 12% em relação ao total
das importações brasileiras, registrando uma taxa média de crescimento
anual de 8% para o período de 2000 a 2018.
Os principais produtos (SH6) importados pelo Brasil do CPTPP, em
2018, foram cátodos de cobre renado em formas brutas (US$ 1,2 bilhão);
cloreto de potássio para uso como fertilizante (US$ 1,0 bilhão); partes de
aparelhos telefônicos, aparelhos para redes celulares ou redes sem o,
aparelhos para transmissão ou recepção de voz, imagens ou outros da-
dos (US$ 989,9 milhões); hulha betuminosa, não aglomerada (US$ 980,7
milhões); processadores e controladores, mesmo combinados com me-
mórias, conversores, circuitos lógicos, amplicadores, circuitos tempori-
zadores e sincronizadores, ou outros circuitos (US$ 713,6 milhões); miné-
rios de cobre e seus concentrados (US$ 712,6 milhões); caixas de marchas
(velocidade) e suas parte (US$ 660,1 milhões); automóveis, passageiros
incluídos veículos de transporte (peruas) e automóveis de corrida, com
motor a diesel alternativo (US$ 615,8 milhões); e óleos leves e preparações
(US$ 569,0 milhões) (MDIC, 2019). Estes produtos representaram cerca de
33,9% (US$ 7,5 bilhões) do total importado pelo Brasil do CPTPP.
Nota-se que a pauta de importação brasileira do CPTPP é carac-
terizada por produtos primários e de média e alta intensidade tecnoló-
gica, já a pauta de exportação do Brasil para o CPTPP concentra-se em
produtos primários, em especial produtos agrícolas, e de baixa e alta in-
tensidade tecnológica. Percebe-se que a pauta de exportações do Brasil
para o CPTPP é relativamente diversicada, indicando que a efetivação
do CPTPP pode gerar perda ao Brasil de mercados já conquistados, uma
vez que, acordos de livre comércio tendem a intensicar as trocas comer-