O processo de governança na construção do Projeto de Geoparque Caminhos dos Cânions do Sul – Brasil

Autores

  • Chen Lin Sung Coordenadoria Regional de Educação de Araranguá - Estado de Santa Catarina
  • Leila Maria Vasquez Beltrão Instituto Federal Catarinense/IFC - Campus Avançado Sombrio
  • Maurício Dalpiaz Melo Instituto Federal Santa Catarina/IFSC - Campus Araranguá
  • Daniel José da Silva Universidade Federal de Santa Catarina/UFSC - Campus Florianópolis
  • Samanta da Costa Cristiano Universidade Federal do Rio Grande - FURG https://orcid.org/0000-0002-4368-7602

DOI:

https://doi.org/10.5752/P.2318-2962.2019v29n59p1042

Resumo

É possível interpretar “geoparque” como um selo de qualidade atribuído pela Global Geoparks Network (GGN) / UNESCO a territórios que promovam e protejam seu geopatrimônio, e ofereçam suporte para o desenvolvimento sustentável. A área proposta para a criação do Geoparque Caminhos dos Cânions do Sul apresenta geopatrimônio relevante de sete municípios localizados entre os estados de Santa Catarina (SC) e Rio Grande do Sul, na região dos cânions e seu prolongamento em direção à costa atlântica. O histórico do projeto é compreendido em quatro fases, com três delimitações de áreas distintas. Entre 2011 a 2017 (fases 2 e 3), o Projeto Geoparque foi conduzido pela equipe técnica da Agência de Desenvolvimento Regional Araranguá/SC e da Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense, com a aplicação do modelo GATS (Governança da Água e do Território na perspectiva da Sustentabilidade), foco deste artigo. O modelo GATS é composto por cinco ciclos: Acordo Inicial, Economia da Experiência, Comunidade de Aprendizagem, Estratégias de Governança, e Avaliação e Prospecção. Com esta ferramenta foi possível: implementar processos de mobilização, sensibilização e participação socioinstitucional; articular a ação setorial; introduzir o tema geoparque nas agendas institucionais e disseminar o conceito; promover relacionamento cooperativo com projetos; criar espaço para o compartilhamento de experiências; promover a participação qualificada, capacitando pessoas e incentivando o protagonismo social; e promover a construção coletiva de estratégias de gestão com foco na sustentabilidade e na valorização dos bens comuns. Entende-se que o modelo GATS se mostrou efetivo em alcançar o que a GGN/UNESCO preconiza em termos de engajamento e empoderamento da comunidade na construção de um geoparque, pois depende diretamente do comprometimento das pessoas que compõe o território.

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Biografia do Autor

Daniel José da Silva, Universidade Federal de Santa Catarina/UFSC - Campus Florianópolis

Centro de Tecnologias Sociais para a Gestão da Água/TSGA

Samanta da Costa Cristiano, Universidade Federal do Rio Grande - FURG

Programa de Pós-Graduação em Gerenciamento Costeiro, Instituto de Oceanografia

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Publicado

2019-10-14