Sensoriamento remoto na análise de variáveis ambientais influenciadas pela implantação da usina hidrelétrica de Belo Monte (PA)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5752/P.2318-2962.2021v31n66p823

Palavras-chave:

Índices espectrais, Impactos ambientais, Geotecnologias

Resumo

A Usina Hidrelétrica de Belo Monte (UHBM) favoreceu o crescimento urbano na região em seu entorno, gerando impactos ambientais de uso e ocupação do solo e microclima. Para melhor compreensão destes impactos, o uso de geotecnologias tem auxiliado no monitoramento de determinadas variáveis ambientais, como a Temperatura de Superfície Terrestre (TST) e índices espectrais, tais como o Normalized difference vegetation index (NDVI) e Normalized Difference Built-up Index (NDBI), adotadas neste estudo. Foram utilizadas imagens dos satélites LANDSAT 5 e LANDSAT 8, referentes aos anos de 2011 e 2020, para aferição da TST, NDVI e NDBI. Os resultados indicaram que após a consolidação do empreendimento, uma área de 96 km² passou a ser alagada e 203 km² de área vegetada foi convertida em ambiente construído. Houve aumento da TST no período analisado, com uma diferença de mais de 8º C entre as máximas, chegando a 34 ºC. Ademais, os valores dos índices espectrais foram submetidos à análise estatística, através de correlação linear de Pearson, em comparação com a variável de temperatura. Estatisticamente observaram-se relações de influência negativa (-0,48) entre as variáveis TST e NDVI, e positiva (0,69) entre TST e NDBI. De modo geral, a construção da UHBM gerou mudanças expressivas no espaço, com significativa alteração do microclima. A perda de parte da área vegetada e conversão em ambiente construído/alagado está relacionada com o aumento da TST.

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Biografia do Autor

Lucas Mota Batista, Universidade Federal Rural da Amazônia

Graduação em Engenharia Ambiental e Energias Renováveis pela Universidade Federal Rural da Amazônia. Atualmente é diretor presidente - Executiva Nacional dos Estudantes de Engenharia Ambiental (ENEEA) e atua principalmente nos seguintes temas: água potável, sustentabilidade, qualidade de vida, comunidades rurais amazônicas e tecnologias sociais. 

Marina Costa de Sousa, Universidade Federal Rural da Amazônia

Graduação em andamento em Engenharia Ambiental e Energias Renováveis, pela Universidade Federal Rural da Amazônia(2016). Atuando como bolsista de iniciação científica no Laboratório de Modelagem Hidroclimática da Amazônia-LabHCAM, principalmente no seguinte tema: Geoprocessamento e climatologia. Atuou na Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade, na Diretoria de Fiscalização Ambiental, desenvolvendo atividades de Fiscalização de Atividades Poluidoras e Degradadoras, dando apoio ao Grupo de Trabalho de vistorias e fiscalização ambiental ao Aterro Sanitário de Marituba. Possui graduação em Secretariado Executivo pela Universidade da Amazônia (2018)

Kemuel Maciel Freitas, Universidade Federal Rural da Amazônia

Graduando em Engenharia Ambiental e Energias Renováveis pela Universidade Federal Rural da Amazônia (2016). Atualmente é Bolsista pelo Laboratório de Ciências Ambientais (2019)

Suzana Romeiro Araújo, Universidade Federal Rural da Amazônia

Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal de Lavras (2006), MBA em Agronegócios pela Universidade de São Paulo (2009), Mestrado (2008) e Doutorado (2013) em Agronomia (Solos e Nutrição de Plantas) pela Universidade de São Paulo (CAPES conceito 7), com estágio na Swedish University of Agriculture Sciences, Suécia (SLU) durante o período de doutoramento (6 meses). Pós-doutorado em Solos pela Universidade de São Paulo (2014). Atualmente é Professora Adjunta (Graduação e Programa de Pós-graduação em Agronomia) na Universidade Federal Rural da Amazônia; presidente da CTES e membro do NDE do curso de Engenharia Ambiental e Energias Renováveis; Editora Adjunta do Jornal Aplicado em Hidro-Ambiente e Clima (JAHEC).Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Ciência do Solo, atuando principalmente nos seguintes temas: conservação do solo, recuperação de áreas degradadas, sensoriamento remoto aplicado a estudos de solos e resíduos sólidos.

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Publicado

2021-09-16

Como Citar

Monteiro Neto, A., Batista, L. M., Sousa, M. C. de, Freitas, K. M. ., & Araújo, S. R. (2021). Sensoriamento remoto na análise de variáveis ambientais influenciadas pela implantação da usina hidrelétrica de Belo Monte (PA). Caderno De Geografia, 31(66), 823. https://doi.org/10.5752/P.2318-2962.2021v31n66p823