DINÂMICA GEOMORFOLÓGICA, PEDOLÓGICA E OCUPAÇÃO HUMANA INICIAL NO VALE DO RIO MOJI-GUAÇU NO PLEISTOCENO TARDIO E HOLOCENO (SÃO PAULO, BRASIL)

Autores

  • Pedro Cheliz UNICAMP
  • Francisco Sergio Bernardes Ladeira
  • João Carlos Moreno de Sousa
  • Juliana Alves Rodrigues Fundação Araporã
  • Paulo César Fonseca Gianini USP
  • Gabriela Sartori Museu Nacional (UFRJ)
  • Danilo Galhardo Laboratório de Arqueologia Guarani (UNESP)
  • Robson Antonio Rodrigues Fundação Araporã

DOI:

https://doi.org/10.5752/P.2318-2962.2024v34n76p142

Palavras-chave:

Evolução de vertentes, LOE, Geomorfologia fluvial, Paleopedologia, Quaternário

Resumo

Apresenta-se a caracterização geomorfológica, pedológica, cronológica e arqueológica de um segmento assimétrico do médio vale do rio Moji-Guaçu, no entorno de um sítio arqueológico lítico, com o objetivo de discutir o contexto de transformações ambientais e do relevo da área no Quaternário Tardio. O estudo baseia-se em mapeamento geomorfológico e unidade de escavação, feita numa vertente truncada por terraplanagem da ordem de 1,8 a 5 m. Descreveram-se sucessão sedimentar e perfis de solos, com coleta de amostras para análises química, granulométrica, micromorfológica e datação por LOE, esta em três profundidades (25, 55 e 85 cm). Duas sucessões de depósitos arenosos foram reconhecidas, cada uma delas associada a solo produzido sob intemperismo intenso. Na primeira sucessão, obteve-se idade LOE de 20,3 mil anos, e, na segunda, idades de 17,2 e 11,4 mil anos. Artefatos arqueológicos (lascas e detritos de quartzo, silexito e arenito) foram encontrados em meio à segunda sucessão, entre 30 e 60 cm de profundidade, caracterizando paleossuperfícies que se formaram em meio a sucessivas deposições coluviais. Interpreta-se que antigos grupos humanos se instalavam em vertentes e buscavam, nas planícies fluviais próximas, os seixos usados para a confecção de seus artefatos líticos. Registrou-se, ainda, que em um intervalo de tempo que incluiu o Holoceno, os depósitos e solos de colúvios vertentes foram seccionados pelo rio Moji-Guaçu, criando escarpas obtusas e de elevados (>40 m) desníveis verticais locais na margem esquerda do rio, como resultado de mudanças horizontais (1200 m) e verticais (4 m) da posição do leito fluvial, que levaram à configuração atual assimétrica da sua planície e das vertentes adjacentes.

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Publicado

2023-12-07

Como Citar

Cheliz, P., Ladeira, F. S. B. ., Sousa, J. C. M. de ., Rodrigues, J. A. ., Gianini, P. C. F., Sartori, G., … Rodrigues, R. A. . (2023). DINÂMICA GEOMORFOLÓGICA, PEDOLÓGICA E OCUPAÇÃO HUMANA INICIAL NO VALE DO RIO MOJI-GUAÇU NO PLEISTOCENO TARDIO E HOLOCENO (SÃO PAULO, BRASIL) . Caderno De Geografia, 34(76), 142. https://doi.org/10.5752/P.2318-2962.2024v34n76p142