DOCÊNCIA PAYAYÁ: EDUCAÇÃO INDÍGENA E GEOGRAFIA PARA A ALTERIDADE

Autores

  • Jamille da Silva Lima-Payayá Universidade do Estado da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.5752/P.2318-2962.2023v33n73p434

Palavras-chave:

Pedagogia descolonial, Educação antirracista, Colonialidade, Alteridade Geográfica

Resumo

Nos movimentos de enfrentamento da colonialidade, uma educação descolonial ganha significado, no contexto brasileiro, nas ações afirmativas de promoção de uma educação antirracista e para a diversidade. Trata-se de um conjunto de ações que demandam mais do que mudanças epistemológicas, pois esbarram em questões fundantes das relações de identidade e diferença, de constituição do Eu e do Outro atravessadas pelo Humanismo eurocêntrico. A Educação Geográfica, em particular, tem o desafio de problematizar a colonialidade presente no discurso geográfico, o qual reproduz sistemas hierárquicos ocidentais que estão na base da própria formação do território e da sociedade brasileiros. Pensar uma educação indígena, portanto, pode receber uma outra dimensão se invertermos a direção da ação: não do conhecimento acadêmico-científico para as comunidades, mas partir das irrupções que traumatizam a centralidade do sujeito do conhecimento moderno. Neste sentido, este artigo argumenta a potencialidade da Docência Payayá, povo indígena do sertão da Bahia, para a construção de processos educativos indígenas e geográficos que se voltam para a Alteridade radical, na qual o próprio geográfico também é um Outro.

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Publicado

2023-04-05

Como Citar

Lima-Payayá, J. da S. (2023). DOCÊNCIA PAYAYÁ: EDUCAÇÃO INDÍGENA E GEOGRAFIA PARA A ALTERIDADE. Caderno De Geografia, 33(73), 434. https://doi.org/10.5752/P.2318-2962.2023v33n73p434