VARIABILIDADE DA PRECIPITAÇÃO E OS RISCOS ASSOCIADOS À PRÁTICA DO TURISMO NO PARQUE NACIONAL DO IGUAÇU, EM FOZ DO IGUAÇU-PR-BRASIL

Autores

  • Mariana Cristina Cunha Souza Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UNESP - Campus de Presidente Prudente. Professora efetiva na Fatec de Presidente Prudente.

DOI:

https://doi.org/10.5752/P.2318-2962.2025v35n81p512

Palavras-chave:

Escala Climática, Variabilidade, Turismo, Riscos

Resumo

No turismo, as mudanças climáticas são amplamente discutidas devido aos riscos e impactos que podem causar aos destinos, como a perda de biodiversidade, a degradação paisagística, a erosão do litoral, o derretimento precoce da neve, a ocorrências de eventos climáticos extremos, dentre outros. Os eventos climáticos extremos emergem como uma das principais manifestações de mudanças climáticas, sendo definidos como uma anomalia ou desvio de comportamento de um padrão médio ou habitual. No Brasil, esses eventos estão mais relacionados às secas e aos extremos de precipitação. Estes, por sua vez, compreendem os dias de precipitação intensa que ocasionam alagamento ou inundações, causando perdas e danos materiais e/ou humanos. Os destinos turísticos podem ser categorizados em dois tipos, a) o sensível ao clima, isto é, o clima não determina a decisão de viajar, mas interfere na maneira como a experiência turística é vivenciada; e b) o turismo dependente do clima: a própria viagem é decidida pela atratividade e viabilidade das condições climáticas no destino escolhido. O Parque Nacional do Iguaçu (PNI) pode ser considerado um atrativo dependente do clima. Logo, o objetivo deste trabalho é analisar a variabilidade da precipitação em Foz do Iguaçu-PR-Brasil, identificar anos extremos e pontuar riscos associados à prática do turismo no PNI. Para tanto, a metodologia adotada foi a análise, por meio de técnicas estatísticas, dos dados anuais de precipitação acumulada na série histórica de 1980 a 2017, bem como revisões bibliográficas e documentais sobre a relação clima e turismo em uma perspectiva espacial e temporal. O estudo da variabilidade possibilita melhor compreensão dos fenômenos atmosféricos que ocorrem de forma eventual ou episódica, visto que causam os maiores impactos na sociedade. Os resultados indicam que os anos extremos apresentam relação com a ocorrência do fenômeno ENOS em sua fase quente – El Niño, e em sua fase fria – La Niña, com predominância de intensidades forte e moderado. O El Niño propicia o aumento da precipitação e o La Niña provoca estiagem. No que se refere ao turismo, esse fenômeno climático interfere diretamente na movimentação de pessoas, seja por causa do aumento da vazão que ocasiona a interdição das passarelas de acesso à Garganta do Diabo; dos períodos de estiagem, que mudam completamente a paisagem característica das Cataratas do Iguaçu;  ou pela disseminação de doenças, reduzindo a atratividade do destino, já que se encontra em uma área de fronteira.

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Biografia do Autor

Mariana Cristina Cunha Souza, Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UNESP - Campus de Presidente Prudente. Professora efetiva na Fatec de Presidente Prudente.

Departamento de Geografia.

 

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Publicado

2025-08-23

Como Citar

Cunha Souza, M. C. (2025). VARIABILIDADE DA PRECIPITAÇÃO E OS RISCOS ASSOCIADOS À PRÁTICA DO TURISMO NO PARQUE NACIONAL DO IGUAÇU, EM FOZ DO IGUAÇU-PR-BRASIL. Caderno De Geografia, 35(81), 512. https://doi.org/10.5752/P.2318-2962.2025v35n81p512

Edição

Seção

ARTIGOS