ANÁLISE GEOESPACIAL DOS FOCOS DE CALOR NA MATA ATLÂNTICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Autores

  • Renato Brito Neves da Silva
  • Cristiane Nunes Francisco Universidade Federal Fluminense
  • José Francisco de Oliveira Júnior
  • Eduarda Machado Soares

DOI:

https://doi.org/10.5752/P.2318-2962.2025v35n82p796

Palavras-chave:

Mata Atlântica; Focos de Calor; Incêndios Florestais; K-means, Mata Atlântica; Focos de Calor; Incêndios Florestais; K-means.

Resumo

O estado do Rio de Janeiro, com apenas 12% da mata original concentrada nos contrafortes da Serra do Mar, apresenta variabilidade fisiográfica e pluviométrica que o torna um local privilegiado para estudar os condicionantes ambientais que influenciam na ocorrência dos incêndios. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo compreender a distribuição espaço-temporal dos incêndios no estado do Rio de Janeiro, em ano de elevada incidência de focos, através da análise dos condicionantes ambientais. Para isto, foram analisados dados dos focos de calor do BDqueimadas/INPE conjuntamente com as condicionantes topográficas – elevação, declividade e orientação de vertentes; climatológicas – chuva e radiação; e de combustibilidade – índice de vegetação (NDVI) e uso e cobertura da terra, através da análise de agrupamento com o algoritmo K-means. Neste estudo, evidenciou-se que o número recorde de focos de calor registrados em 2014, que atingiram os remanescentes de floresta ombrófila densa na região serrana do estado, está associado ao volume de chuva abaixo da normal climatológica. No entanto, identificou-se diferenças na distribuição espacial dos focos de durante o ano, no primeiro e segundo trimestres, verificou-se que os focos predominam em áreas com atividades antrópicas (urbanas e rurais) e acessíveis - declividade (<10º) e altitude baixa (<50m). No segundo semestre, há a inversão, ou seja, os focos (70%) predominaram em terrenos mais elevados (>400m) e inclinados (>30º) e, sobretudo no quarto trimestre, nos remanescentes florestais, representando aproximadamente 40% das ocorrências. O estudo revelou que áreas de difícil acesso e cobertas por florestas úmidas são afetadas pelo fogo quando submetidas a condições climáticas extremas.

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Publicado

2025-10-01

Como Citar

Brito Neves da Silva, R., Francisco, C. N., de Oliveira Júnior , J. F., & Machado Soares , E. (2025). ANÁLISE GEOESPACIAL DOS FOCOS DE CALOR NA MATA ATLÂNTICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Caderno De Geografia, 35(82), 796. https://doi.org/10.5752/P.2318-2962.2025v35n82p796