A cidade como forma específica de organização social e suas imagens nas Ciências Humanas - DOI: 10.5752/P.2316-1752.2011v18n22p64
Resumo
Esse artigo busca examinar a relação entre a utilização de imagens ou metáforas e a produção das ciências sociais e humanas sobre a cidade e sobre os fenômenos urbanos de modo geral.Após uma discussão inicial sobre a intensificação, nos séculos XIX e XX, de um pensamento científico sobre a cidade como forma específica de organização social, o artigo convida a repensar a relação entre os diferentes modos de conceber a cidade e as imagens de apoio utilizadas pelas Ciências Sociais e Humanas para esse fim.
Nesse sentido, discute-se o uso das imagens na construção do conhecimento sobre a cidade (tais como as imagens do organismo, do artefato, do texto, do sistema, do ambiente ecológico, entre outras) em articulação com os vários modelos de cidade empregados para compreender o fenômeno
urbano ao longo da reflexão do século XX nas Ciências Sociais e Humanas, incluindo a Sociologia, a Antropologia e a História.
Downloads
Referências
ALEXANDER, Christopher. A cidade não é uma árvore. Architectural Forum, vol.122, nº 1, abril de 1965, pp. 58-62.
ARGAN, Giulio Carlo. História da arte como história da cidade. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
BARTHES, Roland. Semiologia e urbanismo. In: BARTHES, Roland. A aventura semiológica. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p.114-128.
BAUMISTER, Reinhard. Stadterweiterungen in technischer, baupolizeilicher und wirthschaftlicher Beziehung. Berlin: Ernst & Korn, 1876.
BRAUDEL, Fernand. As cidades. In: BRAUDEL, Fernand. Civilização material, economia e capitalismo. (v. 1). São Paulo: Martins Fontes, 1997a, p. 439-514.
BRAUDEL, Fernando. As formas urbanas do Ocidente aceitam um “modelo”? In: BRAUDEL, Fernando. Civilização material, economia e capitalismo. (v. 1). São Paulo: Martins Fontes, 1997b, p. 471-477.
BOGUE, D. J. The Structure of the Metropolitan Comunity: A Study of Dominance and Subdominance. Michigan: Ann Arbol, 1949.
CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano, 1: a arte de fazer. Petrópolis: Vozes, 2002.
CHILDE, V. Gordon. The Urban Revolution. Town Planning Review, vol.XXI, n°1, 1950, p.3-17.
CLERGET, Pierre. L'urbanisme, étude historique, géographique et économique. Bulletin de la Société neuchâteloise de géographie, n°20, 1910. p.213-231.
DICKINSON, Richard. E. City Region and Regionalism. London: RoutIedge & Kegan Paul, 1952.
DICKINSON, Richard. E. The West European city: a geographical interpretation. London: Routledge and Kegan Paul, 1961.
DURKHEIM, Émile. The rules of the sociological method. Glencoe, Ill.: Free Press, 1962.
ENGELS, Friedrich A situação da classe operária na Inglaterra(1845). São Paulo: Boitempo, 2007.
FUSTEL DE COULANGES, N. D. A cidade antiga (1864). Florença: Vallecchi, 1924.
GARNIER, Tony. Une cité industrielle: étude pour la construction des villes. Paris: August Vicent, 1917.
GEDDES, Patrick. Cidades em evolução. Campinas: Papirus, 1994.
GLOTZ, Gustave. The Greek city and its institutions. London: Routledge and Kegan, 1969.
GOODMAN, Paul e Percival. Communitas. New York: Basic Books, 1970.
GREGOROVIUS, Ferdinand. A. Der Stadt Rom im Mittelalter. Stuttgart: J. G. Cotta, 1859-1872.
HAECKEL. Ernst. Natürliche Schöpfungsgeschichte. Berlin: G. Reimer, 1868.
HOWARD, Ebenezer. A peaceful path to real reform. London: Routledge and Kegan, 2003.
ISARD, Walter. Transport development and building cicles. Quarterly Journal of Economicy, 57, n°1, p.90-112, November, 1942.
LABANDE, León-Honoré. Histoire de Beauvais et de ses institutions communales. Paris: Imprimiere Nationale, 1892.
LYNCH, Kevin. A imagem da cidade. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
MAREZ, Jean des. Étude sur la propriété foncière dans le ville du Moyen Age et spécialement en Flandre. GAND: Engelcke, 1898.
MARX, Karl. A ideologia alemã. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
MARX, Karl. Formações econômicas pré-capitalistas. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.
MARX, Karl. Contribuição à crítica da economia política. São Paulo: Expressão Popular, 2008.
MERCADAL, Georges. Peut-on tirer un enseignement des essais français de modelisation du dévelopment spatial urbain?. Revue écononique, XXIII, 1971, p.952-991.
MUMFORD, Lewis. A cidade na História. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
MUMFORD, Lewis. A cultura das cidades (1938). São Paulo: Editora Itatiaia, 1961.
PARK, Robert. e BURGESS, E. Watson, (orgs). The City. Chicago: University of Chicago Press, 1925.
Park, Robert. (1925) “The City: Suggestions for the Investigation of Human Behavior in the Urban Environment” In: PARK, Robert. e BURGESS, E. Watson, (orgs). The City. Chicago: University of Chicago Press, 1925, p.1-46
PARK, Robert. “The City as Social Laboratory” In: SMITH, T.V. & WHITE, L.D. (orgs). Chicago: An Experiment in Social Science Research. Chicago: University of Chicago Press, 1929, p.1-19.
PETIT-DUTAILLIS. Les Communes françaises, caractères et évolution, des origines au XVII siècle. Paris: Albin-Michel, 1947.
PIRENNE, Henri. As cidades na Idade Média (1927). Lisboa: Europa-América, 1962.
PIZZORNO, A. Allessandro: introduzione. In: PARK, Robert E. La città. Milano: Edizioni di comunità, 1987, p.9 a 127.
REINECKE, Wilhelm. Geschichte der Stadt Cambrai. Marburgo: Elwert, 1896.
RIBCZYNSKI, Witold. O tamanho de uma cidade. In: RIBCZYNSKI, Witold. Vida nas cidades: expectativas urbanas no Novo Mundo. Rio de Janeiro: Record, 1995, p.9-32.
RONCAYOLO, Marcel. Cidade. In: Enciclopédia Einaudi. Região. (v. 8). Lisboa: Imprensa Nacional, 1986, p. 398.
SALISBURY, João de. Policraticus. Cambridge: Cambridge University Press, 1990.
SITTE, Camillo. Der Städtbau nach seinen kunstlerischen Grundsatzen. Viena: Springer Verlag, 1899.
SOROKIN e ZIMMERMAN. Principles of Rural-Urban Continuum. Harvard: 1929.
ULLMANN, Walter. John of Salisbury’s Policraticus in the Later Middle Ages. In: ULLMANN, Walter. Jurisprudence in the Middle Ages. London: Variorum Reprints, 1980, p.519-545.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
As provas finais não serão enviadas aos autores. Após a publicação pode ser enviada a versão final, caso haja interesse.
Os trabalhos publicados neste Portal passam a ser de responsabilidade da revista Cadernos de Arquitetura e Urbanismo.
As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.