Mito e rito na indústria cultural: A ideologia nos labirintos da linguagem
Resumo
Para Adorno e Horkheimer o principal fator que permitiu o avanço do capitalismo como modelo de mercado foi o advento da indústria cultural a partir do incremento das tecnologias de comunicação. Tal processo facilitou a massificação da cultura e a intensificação do que identificaram como racionalidade instrumental. O ensaio pretende refletir sobre como a indústria cultural favorece a consolidação de uma cultura administrada ideologicamente com base em inversões do entendimento da realidade, por meio dos aparatos de entretenimento, informação e marketing. A análise terá como ferramentas a filosofia da linguagem de Wittgenstein e, no campo da psicanálise, as teorias de Lacan sobre o simbólico e o imaginário, com recurso à linguagem e fantasia, categorias subjetivas tomadas como meios de acesso ao sujeito. Sinalizamos que, ao se utilizar das figuras gramaticais da metáfora e da metonímia, relacionadas respectivamente às categorias mito e rito, esta operação contribui, via inconsciente, para a elevação do discurso científico-tecnológico ao patamar de uma fantasia ideológica. A construção do véu ideológico inverte o próprio uso da razão, tornada instrumental, forjando um mito de esclarecimento que impede o livre pensar no sentido da emancipação do homem.Downloads
TERMO DE DECLARAÇÃO:
Submeto (emos) o trabalho apresentado, texto original, à avaliação da revista Sapere Aude, e concordo (amos) que os direitos autorais a ele referentes se tornem propriedade exclusiva da Editora PUC Minas, sendo vedada qualquer reprodução total ou parcial, em qualquer outra parte ou meio de divulgação impresso ou eletrônico, sem que a necessária e prévia autorização seja solicitada por escrito e obtida junto à Editora. Declaro (amos) ainda que não existe conflito de interesse entre o tema abordado e o (s) autor (es), empresas, instituições ou indivíduos.