FILOSOFIA COMO POLITICA CULTURAL: REDESCRIÇÕES, IDENTIDADE E COMUNIDADES INCLUSIVAS
Resumo
No presente artigo defendo a tese rortyana de que as relações de poder serão mais justas se começarmos a nos redescrevermos linguisticamente de maneira nova, criando um padrão de conduta linguístico que, se adotado, promova formas apropriadas de comportamento não linguístico. Para tanto, abordo a concepção de jogos de linguagem do segundo Wittgenstein, que nos permite extrair a tese de que a linguagem é contingente. Defender o caráter contingente da linguagem é simplesmente defender o caráter natural, social e histórico da linguagem. Apresento a ideia de McDowell de que a entrada em um jogo de linguagem significa a entrada no espaço das razões. Como Rorty, acredito que a identidade humana pode ser redescrita se adotarmos novas formas de descrevermos a nós mesmos e às nossas instituições políticas. A sugestão do presente artigo é de que devemos adotar vocabulários ou jogos de linguagem que incluam termos e discursos capazes de promoverem a tolerância e o diálogo e excluam discursos de ódio e preconceito, o que pode levar a construção de sociedades mais inclusivas.
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