LIBERALISMO, DEMOCRACIA E A QUESTÃO DO TRABALHO
Resumo
RESUMO
Tendo como base o pensamento de Marx sobre o Estado – sua gênese e sua razão de ser –, refletimos aqui sobre a relação entre liberalismo e democracia e a tensão entre esses dois projetos no desenvolvimento do capitalismo e suas implicações sobre as condições de trabalho. Marx, ao analisar a diferença entre a relação Estado-sociedade que se verifica da passagem do mundo medieval ao mundo moderno, chama a atenção para a autonomização do Estado em relação à sociedade, processo que leva à cisão entre o indivíduo em sua vida privada e o cidadão. Contrapondo-se à reflexão hegeliana que via no Estado moderno a possibilidade de reconciliação entre os interesses particulares e os interesses universais, Marx desvela o Estado como uma instância que se ergue sobre as contradições da vida social, sendo, por isso, impotente para resolvê-las. Pretendemos desenvolver neste artigo a questão: se o Estado responde aos antagonismos próprios da vida social, antagonismos vinculados ao modo de produção, o que é o Estado moderno senão o Estado liberal, quando seu pressuposto é a propriedade privada? E sendo assim, como compreender a relação entre liberalismo e democracia enquanto elementos da relação entre o Estado e a sociedade na modernidade?
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