INCIDÊNCIAS DA LEITURA KOJÈVIANA DA FILOSOFIA DE HEGEL NA PSICOPATOLOGIA DE FREUD E LACAN
Resumo
Embora Freud compreendesse inicialmente a psicopatologia a partir de fundamentos médicos, oriundos do debate com o racionalismo cartesiano, Jean Hyppolite e Jacques Lacan demonstram que o inventor da psicanálise também se aproximou indiretamente da filosofia hegeliana. Para os autores franceses, o pensamento freudiano manteve um diálogo profícuo com as negações na dialética de Hegel. Assim, retomamos a dialética do senhor e do escravo para explicitar como o pensamento de Freud se aproxima e/ou colide com o pensamento hegeliano, sendo possível correlacionar as negações, na dialética, aos juízos de atribuição e existência na psicose e na neurose. Este percurso é de fundamental importância para que possamos propor uma psicopatologia para o nosso tempo, sem recobrar os aspectos racionalistas advindos da tradição cartesiana. Demonstramos que Freud não só permite progredir frente ao debate psicopatológico de sua época, como em nada deve aos embates filosóficos daquele período. Na realidade, permite-nos avançar, contrapondo a uma síntese que nos conduza ao saber absoluto de Hegel. Tal passo não é possível sem que consideremos a pulsão como conceito fundamental para que a psicanálise pense sua psicopatologia.
Downloads
TERMO DE DECLARAÇÃO:
Submeto (emos) o trabalho apresentado, texto original, à avaliação da revista Sapere Aude, e concordo (amos) que os direitos autorais a ele referentes se tornem propriedade exclusiva da Editora PUC Minas, sendo vedada qualquer reprodução total ou parcial, em qualquer outra parte ou meio de divulgação impresso ou eletrônico, sem que a necessária e prévia autorização seja solicitada por escrito e obtida junto à Editora. Declaro (amos) ainda que não existe conflito de interesse entre o tema abordado e o (s) autor (es), empresas, instituições ou indivíduos.