O PROBLEMA DA IMAGINAÇÃO SEMÂNTICA EM A METÁFORA VIVA DE PAUL RICOEUR
Resumo
O artigo visa explicitar os principais elementos de uma teoria semântica da imaginação subjacente à investigação empreendida por Ricoeur em A metáfora viva. Assim, primeiramente, mostramos como o filósofo delimita o problema da inovação semântica e da referência metafórica, para em seguida evidenciar que é a partir da análise dessas duas questões que emerge a reflexão de Ricoeur acerca do estatuto da imaginação no âmbito da metáfora. A retomada da abordagem ricoeuriana sobre o fenômeno de inovação semântica que ocorre em enunciados metafóricos conduzir-nos-á ─ após a passagem pelo exame do momento “icônico” da metáfora ─ à soleira da concepção kantiana de imaginação produtiva, fazendo-se assim necessária uma tematização introdutória de alguns elementos da teoria kantiana da imaginação a fim de se compreender melhor a proposta ricoeuriana de um “esquematismo da atribuição metafórica”. Já a retomada do exame da relação entre metáfora e referência exigirá o acompanhamento da defesa que Paul Ricoeur faz da tese segundo a qual as expressões metafóricas não se limitam apenas a uma criação de sentido, baseada numa nova pertinência semântica, mas, em virtude da correspondência entre um ver-como no plano da linguagem e um ser-como no plano ontológico, contribuem também para uma redescrição da realidade.
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