A DESCONSTRUÇÃO DOS HUMANISMOS EM OS FINS DO HOMEM DE JACQUES DERRIDA
Resumo
Esse artigo tem por objetivo mostrar, a partir da discussão sobre a questão do humano, que, a desconstrução da ontologia nos escritos de Jacques Derrida revela uma preocupação ético-política. Mesmo que os desdobramentos dessa práxis ético-política não sejam ainda tão perceptíveis como em seus trabalhos futuros, pretendemos apontar que a desconstrução dos humanismos é, já em Os fins do homem, uma linha de força que marcará a desconstrução derridiana ao longo de toda obra de Derrida. Apresenta-se, assim, como ponto de inflexão importante nessa trajetória a discussão referente ao texto Carta sobre o humanismo de Heidegger, bem como o modo como este, apesar de desmarcar a essência do humano das determinações histórico-metafísicas presentes no humanismo tradicional, permanece, ainda sim, na esteira de uma certa determinação humanista tradicional ao apontar a essência do homem como proximidade ao Ser. Posteriormente, através de um diálogo com Jean Luc-Nancy e Philippe Lacoue-Labarthe, veremos que é a questão do fim dos fins, do objetivo e das perspectivas daqueles que decretam o fim do homem e do humanismo, o que singularizará o pensamento de Derrida, mostrando que todo discurso sobre o fim oculta uma práxis ético-política.
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