MASCULINIDADE HEGEMÔNICA E PROFISSIONALIZAÇÃO MÉDICA

O armário, a normatividade e o cuidado de si

Palavras-chave: Masculinidade Hegemônica, Suicídio, Medicina, Cuidado de si, Normatividade

Resumo

O presente estudo, de natureza qualitativa e com dados quantitativos, busca conhecer a partir do discurso dos discentes de um curso de medicina, os entendimentos dos processos sociais de constituição das masculinidades, haja vista que a heteronormatividade masculina comum a este curso pode contribuir para possíveis riscos de suicídio. Participaram desta pesquisa 50 acadêmicos do curso de Medicina de uma Universidade Federal brasileira que aceitaram a participar deste estudo que tem como instrumento de coleta de dados um questionário, assim como uma entrevista semiestruturada. Como recurso metodológico foi adotada a arqueologia dos discursos. Os dados obtidos revelam que questões da sexualidade e do tornar-se homem não são desprezadas neste curso. Os discursos evidenciam uma forte cobrança social de masculinidade hegemônica. Assim, diante do assujeitamento imposto estes discentes precisam se ajustar ou criar rotas de fuga, entre estas rotas pode-se ter a sujeição a esta cobrança ou o assumir uma masculinidade subalterna, estando a aceitação desta na dependência da eficiência profissional que se possa alcançar. Outra rota seria o suicídio, fronteira última para escaparem definitivamente das ondas opressoras e atualizadas dos armários.

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Biografia do Autor

Welson Barbosa Santos, Universidade Federal de Uberlândia - UFU

Professor Adjunto III do Instituto de Ciências Exatas e Naturais – ICENP, da Universidade Federal de Uberlândia - UFU.

Pós Doutor em Educação Escolar pela Unesp.

Doutor em educação pela Universidade Federal de São Carlos -UFSCAr. 

Licenciado em Ciências Exatas e Naturais pela Universidade de Uberaba.

Licenciado em Pedagogia pela Faculdade Integrada de Araguatins.

Thiago F. Sant’Anna, Universidade Federal de Goiás

Pós-Doutorado em Arte e CulturaVisual -Universidade Federal de Goiás.

Doutor em  História pela Universidade de Brasília.

Historiador e Assistente Social.

Professor dos cursos degraduação em Serviço Social e de Arquitetura e Urbanismo; e do Mestrado e Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Arte e Cultura Visual da Universidade Federal de Goiás

Andreza Marques de Castro Leão

Doutora em Educação Escolar com Pós-doutora em Sexologia e Educação Sexual pela Unesp. Mestrado em Educação Especial pela UFSCAr; Fonoaudióloga pela USP e pedagogia pela Unesp. Docente vinculada ao departamento de Psicologia da Educação e aos Programas de Pós-graduação em Educação Escolar e Educação Sexual da Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara - Unesp. E-mail: andreza.leao@unesp.br.

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Publicado
11-07-2024
Como Citar
Santos, W. B., Sant’Anna, T. F., & Leão , A. M. de C. (2024). MASCULINIDADE HEGEMÔNICA E PROFISSIONALIZAÇÃO MÉDICA . Sapere Aude, 15(29), 23-43. https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2024v15n29p23-43
Seção
ARTIGOS/ARTICLES: DOSSIÊ/DOSSIER