OS RITUAIS FÚNEBRES COMO SUPRASSUNÇÃO DA MORTE EM LEMBRANÇA VIVA A PARTIR DO CAPÍTULO 452 DA FENOMENOLOGIA DO ESPÍRITO
Resumo
Esta comunicação tem como objetivo analisar o capítulo 452 da Fenomenologia do espírito, no qual Hegel aponta o velório como uma transformação da morte em uma recordação e, consequentemente, a conciliação entre vida, finitude e memória da consciência-de-si. Inicialmente, será apontado que a morte apresenta a negação natural da vida à consciência. Porém, a finitude torna o ser-para-si (o morto), um ser-para-um-Outro (o que vive o luto), por isso, cabe a essa outra consciência interromper a ação da natureza e promover a universalidade do morto mediante o funeral, pois, assim, ele é elevado à individualidade universal.
Downloads
Referências
HYPPOLITE, Jean. Gênese e estrutura da Fenomenologia do Espírito de Hegel. São Paulo: Discurso Editorial, 1999.
INWOOD, Michael. Dicionário Hegel. Trad. Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed, 1997.
LEVINAS, Emmanuel. Dios, la muerte y el tiempo. Madrid: Ediciones Cátedra, 2005.
MENESES, Paulo. Para ler a fenomenologia do espírito: roteiro. 2ª ed. São Paulo: Loyola, 1992.
PIASEKI, Denis Donato. A colheita do senhor absoluto: o problema da morte na filosofia de Hegel. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Filosofia do Centro de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Estadual do Oeste do Paraná para a obtenção do título de Mestre em Filosofia. Toledo, 2024
SANTOS, José Henrrique. Trabalho e riqueza na Fenomenologia do Espírito de Hegel. São Paulo: Loyola, 1993SANTOS, José Henrrique. O Trabalho do Negativo. Ensaios sobre a Fenomenologia do Espírito. São Paulo: Loyola, 2007.
SANTOS, Adilson dos. A tragédia grega: um estudo teórico. Revista Investigações - Teoria da Literatura. v. 18 n. 1 2005.
TAYLOR, Charles. Hegel. Sistema, Método e Estrutura. Traduzido por Nélio Schneider. São Paulo: É Realizações, 2008.
VIEIRA, Leonardo Alves. SILVA, Manoel Moreira. (org). Interpretações da Fenomenologia do Espírito de Hegel. São Paulo: Loyola, 2014.
SÓFOCLES. Antígona. São Paulo: Editora Martin Claret, 2005.
TERMO DE DECLARAÇÃO:
Submeto (emos) o trabalho apresentado, texto original, à avaliação da revista Sapere Aude, e concordo (amos) que os direitos autorais a ele referentes se tornem propriedade exclusiva da Editora PUC Minas, sendo vedada qualquer reprodução total ou parcial, em qualquer outra parte ou meio de divulgação impresso ou eletrônico, sem que a necessária e prévia autorização seja solicitada por escrito e obtida junto à Editora. Declaro (amos) ainda que não existe conflito de interesse entre o tema abordado e o (s) autor (es), empresas, instituições ou indivíduos.