Paul Ricoeur nos limites da comunicação: da reflexão hermenêutica à comunicação como aposta
Resumo
Desde Platão, sabemos que só há diálogo entre no mínimo duas pessoas, pois mesmo o solilóquio é uma discussão de uma indivíduo consigo mesmo (ou com um outro interior conforme nos indica a teoria psicanalítica do inconsciente), e é o perguntar e o responder que sustenta um diálogo. Partindo de uma breve discussão com Husserl e Jakobson, pretendo apresentar a questão da (in) comunicabilidade, tema ético e babélico. Ricoeur, por ser um filósofo e não um linguista, vai além da problemática desenvolvida por Jakobson, se questionando acerda da própria possibilidade da comunicação. A ideia é a seguinte: para o linguista a comunicação é um dado, é óbvia, ela simplesmente acontece; o filósofo, outramente, não pode ser tão apressado e concordar com tal postura sem antes questioná-la profundamente.
Since Platão, we know that there is only dialogue, at least, between two people, because even the soliloquy is a discussion of an individual with himself / herself (or with another inner as the psychoanalytic theory of unconsciousness shows us), and it is the asking and the answering that support a dialogue. From this brief discussion with Hussel and Jakobson, I intend to present the question of (in) communicable, ethic and babelic theme. Ricouer, being a philosopher and not a linguistic, goes beyond the problem developed by Jacobson. If asked about his own possibility of communication; The idea is this: for the linguistic, the communication is a fact, it is obvious, it simply happens; the philosopher, on the other hand, cannot be in a hurry and agrees with such position without questioning deeply.
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