Cativas de guerra: a extrema degradação do estatuto social da mulher

  • Maria de Fátima Silva Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Portugal.

Resumo

Dentro dos quadros de guerra paradigmáticos da Literatura Grega antiga, Tebas e Tróia tornaram-se referência para os extremos a que o confronto bélico entre povos pode conduzir. Depois de um processo que é essencialmente masculino – a decisão do conflito e a sua concretização – vem, no pós-guerra, o tempo da dor, e essa está destinada às mulheres, as suas principais vítimas. Primeiro numa visão mais colectiva, depois numa progressiva individualização, a tragédia grega criou quadros inesquecíveis da condição feminina degradada pela guerra.

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Biografia do Autor

Maria de Fátima Silva, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Portugal.
professora catedrática da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, é doutorada (1984) em Literatura Grega, com a tese intitulada Crítica do teatro na Comédia Antiga. Na docência e investigação tem privilegiado a Língua Grega Antiga, a Literatura Grega, em particular o Teatro e a Historiografia, e os estudos de Recepção dos Clássicos.

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Publicado
20-05-2014
Como Citar
Silva, M. de F. (2014). Cativas de guerra: a extrema degradação do estatuto social da mulher. Sapere Aude, 5(9), 69-88. Recuperado de https://periodicos.pucminas.br/index.php/SapereAude/article/view/7382
Seção
ARTIGOS/ARTICLES: DOSSIÊ/DOSSIER