Genealogia das ideias: teoria crítica da Ideologia em Marx

  • José Luiz Furtado UFOP

Resumo

A interpretação do conceito marxiano de ideologia segundo a qual a classe socialmente dominante em uma determinada época histórica exerce seu poder através da difusão das suas próprias ideias, é comum. A classe dominante transformaria seus interesses particulares em ideais universais que, sob esta forma ilusória, enquanto objetivos disfarçados em interesses comuns a todo homem se imporiam à totalidade da sociedade. Tudo se passa – em franca oposição ao que Marx ele próprio afirma em “A ideologia alemã” – como se a dominação política se exercesse através da difusão das ideias da classe politicamente dominante, quando as ideias dominantes em um dado momento histórico o são porque a classe detentora do poder sobre os meios materiais de produção inclui também em seu poder os meios de produção e difusão das ideias e da cultura em geral. É o que tentaremos mostrar no texto desenvolvido a seguir, seguindo a tese da “ineficácia da ideologia”.

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Biografia do Autor

José Luiz Furtado, UFOP
Professor de filosofia do Departamento de filosofia da UFOP. Doutor em filosofia pela UFMG. Autor, entre outros títulos do livro “Amor” (Editora Globo, São Paulo, 2011).
Publicado
23-06-2015
Como Citar
Furtado, J. L. (2015). Genealogia das ideias: teoria crítica da Ideologia em Marx. Sapere Aude, 6(11), 194-212. Recuperado de https://periodicos.pucminas.br/index.php/SapereAude/article/view/9851
Seção
ARTIGOS/ARTICLES: DOSSIÊ/DOSSIER