A HISTÓRICA VIOLÊNCIA DE LONGA DURAÇÃO DAS ELITES BRASILEIRASHist
Resumo
RESUMO
Os processos de colonização estão imbuídos de uma violência pela ambição de conquista e acúmulo. No Brasil, isso não foi diferente e os 350 anos de escravização de negras e negros pelas elites portuguesas é uma marca desse processo. Contudo, mesmo após a Independência (1822), a Abolição da Escravidão (1888) e a Proclamação da República as próprias elites brasileiras buscaram modos de perpetuar essa violência em função de uma hierarquia social, econômica, política e simbólica com padrões que marcaram a história de longa duração do Brasil pautados no patriarcalismo, patrimonialismo, machismo, sexismo, racismo e homofobia. O presente artigo perpassará diferentes momentos da história do Brasil indicando que as elites brasileiras reinventaram, ao longo da história, formas de perpetuar a violência através da exclusão dos grupos não-brancos, estabelecendo hierarquizações e colocando o homem, branco, proprietário e heterossexual no topo da pirâmide num processo de subalternização dos outros grupos.
ABSTRACT
The processes of colonization around the world are pervaded by violence that has its roots in the ambition of conquest and accumulation. In Brazil, that was not different and the 350 years of enslavement of black people by the Portuguese elites marks this process. However, even after the Independence of Brazil (1822), Slavery Abolition (1888) and Proclamation of the Republic, the Brazilian elites sought ways in order to perpetuate violence based on social, economic, political and symbolic hierarchy with patterns that marked a longue durée history of patriarchalism, patrimonialism, chauvinism, sexism, racism and homophobia. Thus, the elites naturalized themselves as holders of the power and the market in Brazil. This article will cover different moments in Brazilian history, indicating how the elites they have reinvented, throughout history, ways of perpetuating violence by excluding nonwhite groups, establishing hierarchies and placing the men, not only white, but owner and heterosexual on the top of the pyramid in a process of subalternity of the other groups.
KEY WORDS: elites, racism, patriarchalism, violence, subalternity.
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