As vozes do discurso indireto livre em tradução

  • Cecília Fischer Dias Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Karina de Castilhos Lucena Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Palavras-chave: Tradução literária, Literatura multilíngue, Itens culturalmente marcados, Narrador, Romance

Resumo

Neste trabalho, buscamos entender como a proposta de James Wood (2012) de que o uso de explicações no discurso indireto livre leva à suspensão da tensão entre a voz do narrador e a do personagem pode complexificar a proposta de Moretti (2000) de que o romance na periferia seria uma conciliação entre enredo estrangeiro, personagens locais e voz narrativa local. Para isso, analisamos "Disgrace", de J. M. Coetzee, e a sua tradução para o português brasileiro, "Desonra", de José Rubens Siqueira, com foco especial em palavras e trechos em outros idiomas que não o principal do romance, considerados aqui como itens culturalmente marcados, de acordo com Aixelá (1996). Observamos que a aproximação da proposta de Wood complexifica a de Moretti acrescentando como novo vetor do triângulo a voz do tradutor.

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Biografia do Autor

Cecília Fischer Dias, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Mestranda na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tradutora e revisora na Terralíngua. 

Karina de Castilhos Lucena, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Doutora em Letras pela UFRGS. Professora do Instituto de Letras e do Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Publicado
23-09-2021
Como Citar
Dias, C. F., & Lucena, K. de C. (2021). As vozes do discurso indireto livre em tradução. Cadernos CESPUC De Pesquisa Série Ensaios, (38), 46-62. https://doi.org/10.5752/P.2358-3231.2021n38p46-62