Os estilos de Nietzsche sobre os nomes da “mulher”
Resumo
O presente texto enseja circunscrever, minimamente, alguns axiomas nietzscheanos que desafiam a homogeneidade das concepções unívocas relacionadas aos nomes “mulher” e “feminino”. A partir das reflexões tardias de Jacques Derrida (Éperons: les styles de
Nietzsche, 1978; “Chorégraphies”. In: Points de suspension: entretiens, 1992) em diálogo (sub)textual com as reflexões advindas da psicanálise (sobretudo a obra Nomes-do-Pai, de Jacques Lacan, 2005), acrescidas de alguns ensaios próprios (”e“: ensaios de literatura e filosofia, 2010), propõe-se problematizar as diferentes e contraditórias enunciações de Nietzsche em relação à mulher (frequentemente pluralizada em multidão de mães, filhas, esposas, governantas, prostitutas, virgens, empregadas) e às figurações específicas da feminilidade.
Palavras-chave: Nietzsche. Mulher. Jacques Derrida. Desconstrução. Psicanálise.
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Referências
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
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