Ações interdisciplinares no âmbito da APAC: (A)penas Humanos, uma perspectiva do trabalho da psicologia
Resumo
Este artigo traz um relato de experiência vivenciado durante participação em um projeto de extensão cujo título é “(A)penas humanos: ações interdisciplinares no âmbito da Associação de Proteção e Assistência ao Preso” (APAC). Este texto se refere ao trabalho realizado pelos estudantes do curso de psicologia, no período 08/2015 a 12/2015, vinculado à universidade PUC MINAS. A psicologia, dentro do C.R.S, atua em três modalidades, que são: Atendimento individual, Rodas de Conversas Plantão Psicológico. Ao trabalhar com o público privado de liberdade, possui como dever ético fornecer um trabalho isento de preconceitos, visando sempre promover saúde e qualidade de vida. O projeto, tendo em vista a função da psicologia, buscou escutar a demanda dos recuperandos, pensando no acolhimento e responsabilização em prol de um crescimento pessoal, e conscientização do sujeito sobre si e sobre sua realidade atual. O trabalho com esse público se tornou muito desafiador, na medida em que os estudantes vivenciaram uma angústia inicial de desconstrução de seus estigmas a respeito dos apenados. E, para os recuperandos, o trabalho de escuta empática e genuína proporcionou a eles a oportunidade de falar e refletir sobre aspectos de sua vida relacionados ou não com o crime, trazendo suas angústias, medos e tendo ali uma oportunidade de trabalhá-los, levando-os a um processo de conscientização e responsabilização sobre suas próprias vidas. O artigo apresenta como fundamentação teórica: a fenomenologia-existencial, mais especificamente a Gestalt-Terapia, que era a teoria mais usada pelos extensionistas do projeto.
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