Práticas na Comunidade II: uma experiência com crianças residentes num abrigo

  • Isabela de Oliveira Resende Neves Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
  • Clara Jamarino Braga de Almeida
  • Igor Martins Costa
  • Izabella Moreira Fulgêncio
  • Victor Campos Guimarães
  • Antônio Benedito Lombardi
Palavras-chave: Desenvolvimento, Criança, Abrigo, Arte, Psiquiatria Infantil.

Resumo

No curso de Medicina da PUC Minas, o estágio curricular obrigatório é realizado na disciplina Práticas na Comunidade, ministrada no Primeiro Ciclo do curso. O projeto foi criado e executado em Práticas na Comunidade II (PC II) que tem ênfase na área pediátrica. A disciplina foi ministrada em Igarapé, na Unidade Básica de Saúde e em um abrigo na cidade. As crianças do abrigo em que o projeto foi realizado eram visitadas semanalmente pelos acadêmicos de Medicina. Foram observadas deficiências no desenvolvimento dessas crianças, porque elas foram expostas, em sua maioria, a fatores de risco. O objetivo do trabalho realizado foi amenizar as consequências desses fatores, a partir de projetos de arte a fim de estimular o desenvolvimento infantil. Trata-se de um estudo qualitativo de caráter descritivo e de técnica de pesquisa-ação. Foram propostas atividades relacionadas à arte e exercícios pedagógicos que visavam de forma simples compreender e melhorar as condições das crianças abrigadas. Em um primeiro contato com as crianças, notou-se que elas apresentavam lacunas em seu desenvolvimento, visto que era possível perceber dificuldades na fala e nos relacionamentos interpessoais. Ao fim do trabalho, foi notória a melhora no âmbito do desenvolvimento cognitivo, pois a fala já se mostrou mais nítida e houve diminuição da dificuldade escolar. Esse trabalho despertou interesse entre os acadêmicos em buscar aporte teórico sobre a área da psiquiatria infantil para lidar melhor com as questões das crianças do abrigo. Com o encerramento do projeto, constatou-se um aproveitamento positivo pelas crianças, pois elas foram capazes de aprimorar habilidades cognitivas. A perspectiva dos alunos sob a ótica das semiologias psiquiátrica e pediátrica foi essencial para compreender as condições das crianças observadas, tornando explícita a importância da disciplina PC II na introdução a esse raciocínio clínico.

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Referências

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Publicado
27-06-2018